Sexta-feira
03 de abril
Deus não faz acepção de pessoas
O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração. 1 Samuel 16:7

Aos sábados, sempre que saía da sala do departamento infantil, eu costumava sentar em um dos últimos bancos da igreja, pois minha filha era pequena e sempre havia necessidade de sair.

Certa ocasião, no momento do culto, entrou um senhor alto na igreja, vestindo uma jaqueta preta de couro, usando anéis, brincos, bracelete e segurando um capacete. Ele se dirigiu até o banco onde eu estava e sentou. Esperei que alguém da igreja o acompanhasse, pois achei que ele havia sido convidado por algum membro. Passaram-se uns minutos, e ninguém foi até ele. Ofereci minha Bíblia para que aquele homem acompanhasse a leitura. Ele aceitou, agradeceu e passou a prestar atenção no sermão. Então me fez uma pergunta a respeito do assunto. Respondi com uma explicação bíblica. Aquele senhor estava com muitas dúvidas sobre diversos assuntos religiosos. Bastou a primeira pergunta para que ele se sentisse motivado a fazer outras.

As pessoas que estavam ao redor começaram a olhar para trás demonstrando incômodo, pois ele não parava de fazer perguntas. Era uma pessoa com muita sede da Palavra de Deus. Fiquei preocupada porque as pessoas estavam olhando muito. Pensei em pedir licença e me levantar; porém, quanto mais pensava em fazer isso, mais meu coração apertava e dizia para dar atenção ao senhor.

Avaliei a situação: Se Jesus estivesse aqui, no meu lugar, o que Ele faria? Logo me vieram à mente algumas histórias bíblicas em que Jesus priorizou o atendimento às pessoas. Então fiquei tranquila e, com educação e paciência, continuei dando atenção àquele senhor. Falei de Jesus e da salvação que Ele trouxe a todo ser humano quando morreu na cruz do Calvário. Também lhe contei sobre a breve volta de Jesus.

Quando o culto terminou, ele agradeceu pela atenção e disse que, pela primeira vez, tinha se sentido aceito em uma igreja. Mencionou que foi à igreja sem convite de ninguém; que apenas estava passando e sentiu o desejo de entrar. Daquele dia em diante, ele passou a frequentar todos os cultos. Sua esposa e seu filho também passaram a vir às reuniões. A Palavra de Deus liberta e transforma, e isso ficou bastante visível na vida daquele homem, que passou por uma transformação interna e externa.

Podemos realizar grandes coisas. Contudo, no fim, o que conta mesmo é se nós seguimos o modelo de Jesus, que é amar as pessoas e influenciá-las para a salvação, sem preconceito, discriminação ou outras barreiras.

Márcia Cristina N. Mendes