Domingo
25 de novembro
Deus não vende perdão
O sacrifício dos ímpios já por si é detestável; quanto mais quando oferecido com más intenções. Provérbios 21:27

–Pastor, consegui um emprego! – disse o membro da igreja todo empolgado.

– Quem bom! – respondeu o pastor com um sorriso no rosto.

– Onde você está trabalhando? – perguntou o ministro.

– Na fábrica de cigarros. Sou o gerente de produção – contou o homem com muita satisfação na voz.

Imediatamente, o sorriso do pastor desapareceu e surgiu uma expressão que misturava preocupação e frustração. Percebendo essa mudança, o homem disse ao pastor:

– Não fique preocupado! Não usarei os cigarros. Além disso, fiz um pacto com Deus de, além de devolver o dízimo, dar 10% de oferta; uma vez por ano, vou dar uma oferta especial à igreja. Acho que assim Deus não ficará tão chateado comigo, não é?

– Irmão, precisamos conversar com mais calma. Por favor, passe na minha sala depois do culto – falou o pastor com um ar de tristeza.

O pensamento que dominava a mente desse membro de igreja está presente, com pequenas variações, na mente de muitas pessoas religiosas. Elas pensam que, se levarem dinheiro para a igreja, se fizerem doações grandes para a causa missionária, se construírem templos, estarão ganhando “milhas celestiais” que poderão ser trocadas depois por perdão de pecados. Não funciona assim no reino de Deus.

Não existe nenhum valor monetário ou qualquer outro sacrifício que transforme um pecado em algo bom. Pecado sempre será pecado, mesmo que nós procuremos amenizá-lo. O Senhor não se impressiona com ofertas grandes ou horas de serviço, quando isso é feito para tentar desculpar o indesculpável.

Não devemos dar desculpas ou jogar a responsabilidade de nossos erros em outras pessoas, muito menos tentar subornar a Deus. As ações mais corretas em relação aos pecados que cometemos são a confissão e o abandono. João escreveu: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1:9). Havia um preço a ser pago pelo perdão dos pecados humanos; mas, só Jesus tinha o valor relativo a esse pagamento.

Deus não vende perdão, mas o oferece de graça para todos que aceitam o sacrifício de Jesus. Como escreveu um compositor cristão: “Pecado não se explica, pecado se paga, e Cristo pagou por mim”.