Quinta-feira
19 de abril
Deus nos ouve
Pois Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou. Apocalipse 21:4

Durante minha infância, eu era muito ligada ao meu pai, que era pastor e trabalhava com evangelismo. Como evangelista, ele passava muito tempo fora de casa, mas quando chegava, a cada quinze dias, trazia algum agradinho para mim e para meus irmãos. Isso gerava um bocado de expectativa.

Em 2002, fui para a universidade. Aquele ano foi muito bom, com muitas bênçãos. Entretanto, 2003 traria uma grande surpresa.

A princípio, tudo correu bem. Durante o mês de julho, fui para casa e passei agradáveis momentos com minha família, mas logo precisei retornar para continuar os estudos. Antes de voltar para o colégio, meu pai me sugeriu uma ideia. Pediu que eu orasse bem cedo todas as manhãs e lesse um livro inspirador de Ellen G. White. Ao mesmo tempo, cada dia, embora estivéssemos afastados, meu pai também estaria orando e lendo. Concordei com a proposta e comecei a ler e a orar cada dia, ao amanhecer, quando ele fazia a mesma coisa.

Esse arranjo, porém, não durou muito. Em setembro do mesmo ano, recebi a notícia que eu nunca desejaria ouvir. Meu pai falecera devido a um ataque cardíaco fulminante.

Foi aí que uma belíssima história entre mim e Deus começou a se desdobrar. Meu pai me dissera com frequência: “Nem sempre estarei com você, mas o Pai do Céu estará sempre com você.”

E, na verdade, assim aconteceu.

Quando fui informada sobre a perda do meu pai, literalmente senti um abraço de Deus. Ele sussurrou ao meu ouvido: “O mundo pode fazê-la chorar; então, simplesmente chore. Eu estou aqui.” Essa promessa permaneceu comigo o tempo todo.

Os milagres de Deus não pararam aí. Ele me deu condições de confortar minha mãe.

Sou muito grata porque Deus e meu pai eram tão amigos! Deus sabia que eu sofreria intensamente, e assim me preparou – por meio das palavras do meu pai. Agora espero o grande dia, quando encontrarei papai novamente e nunca mais teremos que nos separar.

Essa pode ser nossa esperança quando conhecemos a Deus.

Rosângela Carniato Camargo de Oliveira