Quinta-feira
05 de julho
Deus quer seu coração
De nada vale a riqueza no dia da ira divina, mas a retidão livra da morte. Provérbios 11:4

Se você pudesse voltar no tempo e dar uma volta pela cidade de Roma, na Idade Média, veria cenas muito tristes para alguém que crê em Deus. A cidade era a sede da maior igreja da época. O papa morava ali, e toda a cúpula da Igreja também residia por lá. Roma deveria ter sido um lugar em que se respirava santidade, mas não era assim.

Ao caminhar pelas ruas daquela ímpia cidade, você encontraria prostituição, idolatria, bebedeiras e muitas outras coisas incompatíveis com a vida cristã. Além de tudo isso, você veria a venda de indulgências acontecendo em todos os lugares. Uma frase comum da época era: “Quando a moeda no cofre cai, uma alma do purgatório sai.” Um dos mais famosos vendedores de indulgências na Alemanha era Johann Tetzel.

Uma das técnicas que ele mais gostava de usar era a do terror. Tetzel reunia as pessoas nas praças das cidades por onde passava e pregava um sermão sobre o sofrimento eterno e os terrores de ir para o inferno após a morte. Para deixar as pessoas mais impressionadas ainda, ele colocava a própria mão no fogo para demonstrar ao povo o que é queimar o corpo. Com a mão em carne viva, estendida para o público, dizia: “Se uma queimadura dessa na mão traz tanta dor, imagine o corpo todo queimando pela eternidade.”

Tetzel estava duplamente errado. Em primeiro lugar, a Bíblia não ensina a doutrina de um inferno eterno, onde os perdidos queimarão para sempre. As Escrituras também não falam nada a respeito da existência do purgatório. Isso tudo era invenção da Igreja para assustar os fiéis. Em segundo lugar, o inquisidor estava errado por ensinar que, ao dar dinheiro para a Igreja, os pecados da pessoa ou de um parente já morto seriam automaticamente perdoados.

No dia da ira divina, dinheiro, posição eclesiástica, posição social, beleza, boas obras não poderão livrar o pecador da condenação do pecado. Nada do que façamos ou deixemos de fazer nos dará a salvação.

Apenas a graça de Deus livrará o homem da morte eterna. Portanto, se você e eu quisermos dar alguma coisa para o Céu que influencie em nossa salvação, devemos entregar nosso coração. É a única coisa que realmente interessa a Deus.