Sábado
20 de maio
DEUS SE TORNOU HOMEM
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. [...] E o Verbo Se fez carne e habitou entre nós. João 1:1, 14

Como é possível Deus Se tornar homem? Encontramos uma singela resposta nas palavras do anjo Gabriel a Maria: “O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a envolverá com a Sua sombra; por isso, também o Ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus” (Lc 1:35). Portanto, houve uma misteriosa ação de Deus sobre Maria, possibilitando que o Verbo Se fizesse carne. Por um momento, a divindade e a humanidade se uniram. Sendo assim, o fruto dessa união é apropriadamente chamado de Filho de Deus e Filho do Homem. Diferentemente de todos os outros homens, Ele é Filho de Deus e santo desde o ventre materno.

Ao assumir a natureza humana, Ele não deixou de ser Deus. Ele, que fora somente Deus, seria, então, completamente Deus e completamente homem – o que é incompreensível para a mente humana e precisa ser aceito pela fé. O certo é que, enquanto aqui esteve, Ele não usou a plenitude de Seus poderes divinos. Se os tivesse usado, não precisaria nem mesmo orar, não é verdade? Porém, ninguém orou tanto e tão intensamente como Ele.

Cristo devia usar os poderes que o Pai Lhe dava a cada dia, conforme a necessidade. Como exemplo dessa realidade, citamos o comentário de Ellen G. White sobre a ocasião em que, junto com os discípulos, Jesus Se defrontou com uma tempestade no mar da Galileia: “Quando Jesus foi despertado para enfrentar a tempestade, estava em perfeita paz. Não tinha nenhum indício de temor na fisionomia ou olhar, pois nenhum receio havia em Seu coração. Contudo, não era na posse da força onipotente que Ele descansava. Não era como o ‘Senhor da terra, do mar e do céu’ que repousava em sossego. Esse poder, Ele havia deposto e declarou: ‘Eu nada posso fazer de Mim mesmo’ (Jo 5:30). Confiava no poder de Seu Pai. Foi pela fé – fé no amor e cuidado de Deus – que Jesus repousou, e o poder que impôs silêncio à tempestade foi o poder de Deus” (O Desejado de Todas as Nações, p. 263 [336]).

Cristo Se tornou um de nós. Ele dependeu constantemente de Seu pai. Ele buscou Sua ajuda e Se submeteu ao Seu querer. Nisso, Ele é nosso exemplo. Podemos, hoje, contar com as bênçãos divinas.