No dia 30 de março de 1977, eu me casei com Genedir. Como fruto desse relacionamento, Deus nos presenteou com quatro lindos filhos: Magna, Fernando, Andressa e Abraão. Morávamos em Mantena, uma pequena cidade em Minas Gerais.

Em minha segunda gestação, ainda sem saber o sexo do bebê (naquela época a gente só sabia o sexo da criança no nascimento), meu marido colocou a mão na minha barriga e disse que, se fosse um menino, seria dedicado ao Senhor e se tornaria um pastor.

Depois de um tempo, meu marido sofreu um acidente que o deixou paraplégico. Infelizmente, alguns anos depois ele veio a falecer, em 1992. Com a morte dele, a aposentadoria foi suspensa, e demorou três meses para que eu conseguisse receber a pensão. Durante aquele período, minha filha mais velha foi trabalhar em casa de família para ajudar a termos pelo menos o alimento em nossa casa, e eu comecei a lavar roupas para fora.

Aos 29 anos, viúva e com quatro filhos (a mais velha estava com 13 anos), o que eu poderia fazer da vida? Uma vizinha então me disse para doar meus filhos e seguir a vida. Amo demais meus filhos. Nunca cogitei essa ideia. Decidi então me mudar para Cariacica, Espírito Santo, onde teria condições mais favoráveis para nossa subsistência.

Lá me casei com José; meus filhos cresceram e se casaram. A mais velha virou artesã e trabalha na ADRA. O segundo sentiu o chamado e se tornou um pastor. A terceira se formou em Pedagogia. E o quarto se tornou advogado. Eu me tornei avó de lindos meninos e meninas.

Deus nunca me desamparou. Mesmo em meio às maiores dificuldades, quando eu tinha medo de não conseguir, Ele guiou meus passos. Assim como Deus esteve ao meu lado conduzindo a minha vida e a de meus filhos, Ele também está ao seu lado. Confie nesse Deus maravilhoso e tenha a confiança de que a vitória é certa, pois Cristo já venceu e logo mais voltará a fim de nos levar para junto Dele. Assim, finalmente estaremos libertos e protegidos de todas as dificuldades. Coloque-se nas mãos de Deus.

Creuza das Flores de Oliveira