Estou escrevendo este texto no Dia dos Pais, mas não tenho vontade de comemorar. Há apenas algumas semanas, meu amado pai faleceu. Embora ele tivesse quase noventa e dois anos de idade, ainda era independente e ativo. Apesar da sua idade, o falecimento do meu pai foi inesperado – resultado de um derrame repentino – e algumas horas depois ele se foi. Sei que tive a sorte de tê-lo em minha vida por muito tempo, mas, como ele era muito amado, sua morte ainda pareceu cedo demais.
No entanto, fui abençoada com lembranças preciosas para guardar. Lembro-me de muitas coisas sobre meu pai: suas mãos grandes e desgastadas pelo trabalho, capazes e fortes, mas gentis. Lembro-me de seus abraços calorosos e do seu humor suave, bem como da sua presença tranquila e reconfortante e da sensação de segurança que ele trazia. Lembro-me do seu amor, do seu cuidado e do respeito pela minha mãe, durante todos os sessenta e sete anos de casamento, assim como me lembro do seu amor por seus fi lhos e do apoio que nos dava. Ele tinha um forte senso de lealdade e serviço à família, a Deus e à igreja. Meu pai foi perseverante diante dos desafios da vida.
As homenagens feitas durante seu funeral não apenas confirmaram o respeito profissional que papai havia conquistado como engenheiro, mas também confirmaram a coerência da sua vida. Muitas pessoas diferentes usaram as mesmas descrições: “um homem calmo e gentil” e “um verdadeiro cavalheiro”. Embora eu tenha orgulho das realizações profissionais e dos conhecimentos de engenharia do meu pai, tenho ainda mais orgulho do seu testemunho como cristão. Minha irmã escreveu em um e-mail para um amigo cujo falecido pai também havia sido descrito de forma semelhante: “Considerando que não podemos escolher nossos pais, somos realmente abençoados por termos os que nos foram dados. Deve ser reconfortante para você saber como seu pai era visto pelos outros, assim como é para mim. Que legado maravilhoso conhecer alguém sobre quem ninguém tinha uma palavra ruim para dizer.”
Embora eu esteja com o coração partido neste momento, percebo que, na verdade, tenho algo a comemorar: não apenas a vida bem vivida do meu pai, mas também a promessa do meu Pai celestial de que um dia, muito em breve, estarei reunida novamente com meu pai terreno. Que Dia dos Pais especial será aquele!
Jennifer M. Baldwin