Quarta-feira
24 de maio
DIZENDO “NÃO”
Daniel resolveu não se contaminar com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; por isso, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar. Daniel 1:8

Daniel é um brilhante exemplo de temperança e domínio próprio. Ele não era um jovem de vontade doentia. Não era impulsivo nem indeciso e inconstante. Tinha grande força de vontade. Sabia dizer “não” ao mal, coisa que alguns têm dificuldade em fazer.

Durante sua vida, ele teve que dizer “não” muitas vezes, inclusive para os homens mais poderosos do mundo. Ele disse “não” ao chefe dos eunucos e ao cozinheiro-chefe quando estes lhe disseram para comer o que não convinha (Dn 1:8-16). Ele disse “não” ao chefe da guarda quando este foi encarregado pelo rei de matar os conselheiros, pedindo um prazo para dar uma solução favorável à exigência real (Dn 2:12-16). Quando o rei imaginou que o reino da Babilônia duraria para sempre, Daniel lhe disse “não”, afirmando que outros reinos o sucederiam. Somente o reino de Deus seria eterno (Dn 2:37-44). Quando Belsazar ofereceu a Daniel posições e riquezas para que este interpretasse a escrita na parede, ele disse “não”. A interpretação seria gratuita (Dn 5:16, 17). Quando Dario promulgou um decreto que proibia o povo de fazer petições a qualquer humano ou deus que não fosse o rei, Daniel disse “não” e, então, foi orar ao Deus eterno como sempre fizera (Dn 6:6-10). Qual era o segredo de Daniel? Ele recebera de Deus o dom do domínio próprio e se apoderara dele. De fato, quando uma pessoa aprende a se dominar, é capaz de dominar o mundo exterior. Antes disso, nunca. Quando uma pessoa aprende a dizer “não” a si mesma, ela terá força moral para dizer “não” a outros, quando necessário.

Paulo também aprendeu a se dominar e nos ensinou, por meio de seu exemplo, a fazer o mesmo. Cristo vivia nele (Gl 2:20), mas Paulo tinha algo a fazer e o fazia na força de Deus (Fp 4:13). Falando de si, afirmou: “Esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão” (1Co 9:27), e nos aconselhou a fazer o mesmo: “Façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena” (Cl 3:5), ou seja, as más atitudes e ações.

Portanto, nós também temos algo a fazer. Pela força que Deus nos dá, aprenderemos a dizer “não” ao mal e ao pecado em todas as suas formas.