Muita gente pensa que uma pessoa com determinado dom é alguém que faz certas coisas muito bem, praticamente sem esforço. Será? É verdade que, “por natureza”, alguns cantam melhor que outros, parecem ser líderes natos, aprendem sozinhos a tocar instrumentos, a falar em público ou a escrever com desenvoltura. Isso significa que não tenham que se esforçar? Claro que não. E o que dizer de ser celibatário?
O apóstolo Paulo aconselha: Primeiro, descubra qual é o seu dom, lembrando que ninguém é igual a ninguém e que todos fomos abençoados pelo Senhor. Segundo, desenvolva o seu dom, colocando-o nas mãos de Deus. Um talento natural se transforma em um dom espiritual quando é consagrado à pregação do evangelho. Terceiro, reconheça os dons que você não tem e aprenda a lidar com isso. Por exemplo, se você “não consegue se conter” diante de um problema não resolvido, talvez tenha vocação para ser líder, pois se sentirá impelido a encontrar soluções inteligentes, criativas e eficazes para situações como essas. Se você não perde uma oportunidade de falar em público, participar do grupo de louvor ou de atender às necessidades das pessoas, você pode ter o dom do ensino, da música e da hospitalidade, respectivamente. Os dons naturais se revelam nas tendências de nosso comportamento.
Não há vergonha no celibato, e Paulo o apresenta como um dom que alguns têm. Além disso, Deus nos dá liberdade de escolha. Você pode, portanto, aceitar ou rejeitar seu dom, desenvolvê-lo ou não, segundo suas prioridades. A única coisa que Deus requer de nós, como mordomos, é que sejamos fiéis, praticando com alegria e honestidade os dons que recebemos (1Co 4:2).
O dom do amor carnal foi concedido para sua felicidade. O do celibato e do domínio próprio também. Peça a Deus hoje que o oriente nesse sentido, e faça sua parte para que o seu dom seja uma bênção. Afinal, o que pode ser melhor que sentir e saber que a vida não é um barco à deriva, levado pelo vento dos sentimentos, mas uma nau cujo capitão divino é Alguém que não pode errar?