No final da década de 1960, os psicólogos Robert Rosenthal e Lenore Jacobson realizaram um estudo sobre o impacto das expectativas dos professores sobre o desempenho dos alunos. Com base nos resultados da pesquisa, eles concluíram que a visão positiva do professor em relação ao aluno contribui para que este tenha um melhor desempenho. O contrário também é válido: se as expectativas forem baixas, a postura do professor acabará impactando negativamente o aluno, que terá um rendimento baixo. Rosenthal e Jacobson chamaram esse fenômeno de “Efeito Pigmaleão”.
Jesus, profundo conhecedor da natureza humana, ao Se deparar com a mulher adúltera, aplicou um princípio parecido. Ele poderia tê-la criticado fazendo um sermão incisivo contra o adultério, mas não agiu assim. Ele simplesmente declarou que não a condenava e a exortou para que abandonasse sua vida de pecado.
Jesus não a condenou, pois sabia que essa atitude pouco bem faria a ela naquele momento de vulnerabilidade. Ela precisava ser acolhida. Dificilmente uma crítica surtirá um efeito positivo em quem não tem plena consciência da própria condição. Nesse caso, a crítica ferirá o ego da pessoa e produzirá ressentimento, fechando todas as vias para o diálogo.
Ao incentivá-la a seguir em frente, Jesus mostrou que existia solução para o caso dela. Para alguém com uma autoestima tão baixa, a ponto de vender o próprio corpo, a atitude de Jesus deve ter causado um tremendo impacto positivo, fazendo-a entender que era algo mais do que um objeto.
Com esse episódio, aprendemos que colheremos de acordo com o que incentivarmos nas pessoas. Se acreditarmos que elas são irreparáveis, certamente permanecerão entregues ao pecado. Mas se crermos que elas podem ser restauradas por meio de Cristo e trabalharmos ativamente para auxiliá-las nesse processo, certamente veremos o poder transformador de Deus em ação.