Há muito tempo, o sábio Salomão escreveu que o temor do Senhor é o princípio da sabedoria. Quanta verdade encontramos nessas palavras! Catharina também a encontrou. Ela era uma garota pobre, quase sem escolaridade, e enfrentava as dificuldades da vida sem perder de vista o temor do Senhor. Esse bendito temor do Senhor fez dela uma mulher forte e resistente. Enfrentou bravamente as lutas e dificuldades que a vida tinha para ela.
Casada com um homem de formação religiosa diferente, Catharina orou por ele ao longo da vida. Criou os filhos nos caminhos do Senhor, admoestando-os fielmente – muitas vezes com lágrimas. Seus esforços não foram em vão. Na igreja, Catharina parecia não conhecer a expressão “não posso”. Ela sempre encontrava maneiras de ajudar as pessoas. Sua voz clara e limpa de soprano podia sempre ser ouvida louvando o Criador, enquanto suas mãos ativas costuravam roupas para os necessitados ou aplicavam injeções nos enfermos. Seus esforços no evangelismo infantil abençoaram a vida de muitas crianças, especialmente as minhas, ao exaltar a bem-aventurada esperança do breve retorno do Senhor Jesus.
Quando Catharina faleceu, alguns dos jovens da igreja, a quem ela havia ministrado, foram em busca de outros que se afastaram dos caminhos de Deus, convidando-os ao funeral de sua ex-professora. Juntos, acompanharam o caixão até a sepultura, cantando o hino que ela lhes ensinara: “Na coroa de luz, eu estrela terei.” Vários entre os jovens que haviam se desviado retornaram aos caminhos do Senhor.
Catharina. Bendita filha de Deus, que pôs o temor do Senhor à frente de tudo mais em sua vida! Ela me ensinou a orar e a andar no temor do Senhor. Espero vê-la naquele grande dia.
Amiga, permita-me dizer o que minha mãe me ensinava, incansavelmente. Não tenha medo se as ondas de dificuldades e lutas cotidianas açoitarem o barco da sua vida. Não perca de vista o temor do Senhor. Apegue-se resolutamente a Jesus. Ele segurará sua mão com firmeza, para que você não se perca. Ele a ajudará a entrar pelos portais da Santa Cidade. Espero encontrar você ali.
Maria de Lourdes I. M. Castanho