Na temporada passada, lembrei-me do poder das mulheres de oração. Estávamos reunidos como família em adoração no primeiro dia do ano-novo. Um a um, compartilhamos as razões pelas quais éramos especialmente gratos por ter Deus em nossa vida. Ao ouvir os comoventes e sinceros louvores, percebi que muito do que compartilhávamos eram respostas diretas às orações da minha falecida avó. Quando criança, vi que minha avó frequentemente se ajoelhava para fazer suas orações em casa. Ela orava em primeiro lugar depois de se levantar de manhã. E, depois de ler a Bíblia na cama, ela se ajoelhava e permanecia em oração no que parecia para mim um tempo interminável. Apesar de não entender, fiquei impressionada pelos murmúrios sussurrados, muitas vezes misturados com suspiros e lágrimas.
No entanto, para minha agradável surpresa, ela sempre se levantava da oração com um sorriso, me cumprimentava com um caloroso abraço e saía para seus deveres com alegria, cantarolando uma melodia, sempre com palavras bondosas e amáveis para compartilhar. Toda vez que saíamos de casa ou voltávamos das tarefas, nós nos ajoelhávamos de novo e pedíamos ou agradecíamos a Deus por Sua proteção. Ao meio-dia, ela nos convidava, as crianças, para nos ajoelharmos e orarmos com ela. Às vezes, preferíamos continuar brincando. Então ela ia sozinha, se ajoelhava e orava. A mesma rotina se repetia ao anoitecer. Naquela época, eu me perguntava se toda aquela oração não era um pouco excessiva; às vezes, eu me sentia relutante em me juntar a ela.
Escutei a lista de louvores de meus familiares, um por retornar a Deus, outro por entender o amor de Deus após estudos bíblicos com meu avô, outro por andar depois de uma séria lesão na coluna, outros pela influência divina de nossos avós, outros agradeceram por terem recebido e aceitado o chamado para o ministério. Percebi que as orações da vovó eram, talvez, a razão pela qual nós todos estávamos adorando a Deus em ação de graças. Essas lembranças renovaram em mim o desejo de seguir o exemplo da minha avó e reservar mais tempo, pelo menos três vezes ao longo do dia, para me ajoelhar e orar.
Eu não sei que fardos você tem em sua vida, hoje, como mãe, avó, esposa ou mulher solteira, mas a convido a pensar em adicionar mais tempo de oração à sua rotina diária. A promessa de Deus é verdadeira, e você pode dizer como Davi: “Ele ouve a minha voz!” (Sl 55:17).
Kátia Garcia Reinert