Sexta-feira
10 de novembro
Empatia sincera e duradoura
Alegrem-se com os que se alegram e chorem com os que choram. Romanos 12:15

Recebi um telefonema de uma das minhas melhores amigas dizendo que seu irmão tinha sido diagnosticado com um tumor cerebral metastático e de alto grau. Fiquei com o coração na mão, um aperto no peito, meu cérebro se recusando a funcionar. Eu não conseguia processar como minha amiga iria lidar com aquilo.

Minha mente voltou ao passado. Dois anos antes, meu marido teve um tumor cerebral, e eu me encontrava na mesma situação. Tudo parecia vazio. Eu me sentia vazia. Oca. Encolhida dentro de mim. Morrendo em uma bolha de terror, um minuto por vez. Na época, uma multidão de familiares e amigos nos ofereceram apoio, sentaram-se conosco e oraram por nós. A chuva de amor foi incrível.

Eu podia entender melhor a minha amiga, porque havia sofrido a mesma dor. Podia encorajá-la, porque entendia sobre tumores cerebrais. Eu podia ser empática e compreender o que ela estava sentindo. Saber que não estava sozinha, a ajudava em seus momentos de pânico e desespero. Minhas palavras a confortavam de modo único, pois vinham de alguém que conhecia aquela dor.

Jesus é o exemplo perfeito de empatia. Ele não veio à Terra para nos salvar como Deus, imparcial, olhando para nós com simpatia e piedade. Ele veio como homem, nascido em meio ao caos, para viver e sofrer como ser humano. Sua empatia faz Dele o sacrifício perfeito, a ponte perfeita entre Deus e nós. A Bíblia diz: “Porque não temos Sumo Sacerdote que não possa Se compadecer das nossas fraquezas; pelo contrário, Ele foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado” (Hebreus 4:15).

A empatia exige disposição para sentir as mesmas emoções. Se aplicássemos nossas emoções induzidas pelo caos à experiência de caos de outra pessoa, poderíamos mudar a igreja ao mudarmos vidas. Deus nos atrai a certas pessoas, pessoas que podemos ajudar de um jeito único. Olhe à sua volta. Então aceite o desafio. Deixe de lado a simpatia e adote a empatia.

Nem todos compartilhamos as mesmas experiências de vida. É impossível. Mas Deus quer que compreendamos a dor e o sofrimento, a vergonha, a rejeição e a perda dos outros. Helen Keller escreveu: “Enquanto você puder adoçar a dor do próximo, a vida não será em vão.”

{ Esther Synthia Murali }