“Então é Natal, e o que você fez? O ano termina e nasce outra vez.” Tenho quase certeza de que você ouviu, por esses dias, esse trecho de uma música muito repetida nessa época do ano. Já virou tradição colocar essa canção nas lojas, nos carros de som e nas casas.
Também tenho quase certeza de que você, ao andar por sua cidade, viu mais referências ao Papai Noel e a suas renas do que ao verdadeiro sentido do Natal. O espírito comercial tem sido mais forte do que o espírito natalino, e as pessoas se preocupam mais com os presentes que darão e receberão do que com Jesus, o aniversariante esquecido.
O período natalino deveria ser a época do ano em que, coletivamente, relembramos que o Príncipe da paz nasceu (Isaías 9:6). Diferente do príncipe descrito no provérbio de hoje, Ele não veio oprimir, mas libertar. Então, por que Jesus tinha que vir ao mundo? Todas as ações de Deus têm um propósito definido. O nascimento de Jesus não foi diferente. As Escrituras deixam claro qual foi esse propósito: “Nasceu o Salvador” e, em alguns versículos depois, Simeão afirma: “Os meus olhos já viram a Tua salvação” (Lucas 2:11, 30).
Há mais de 2 mil anos, o Céu providenciou a solução definitiva para os problemas da humanidade. Aquele menino que nasceu em uma manjedoura em Belém veio em socorro dos pecadores. Jesus nasceu para salvar. Sua vida, morte e ressurreição nos garantem o perdão e a vida eterna (João 3:16). O Rei do Universo Se fez criança, mesmo sabendo de tudo o que sofreria: o desprezo, o descrédito, a rejeição e, finalmente, a cruz. Jesus escolheu nascer e viver entre nós com o objetivo maior de nos devolver ao Éden, de onde nunca deveríamos ter saído.
O grande desafio para os cristãos nesta data é não se envolver com o “espírito do comércio” de tal forma que percam de vista a essência do Natal. É lógico que não há problema em trocar presentes, pois esse costume faz referência aos presentes que os magos deram a Jesus. Mas nunca podemos nos esquecer de que o maior presente de Natal foi dado por Deus a todos nós.
Os anjos fizeram festa quando Cristo nasceu, os pastores no campo pararam o trabalho para celebrar, os magos viajaram centenas de quilômetros apenas para reverenciá-Lo. Portanto, da próxima vez que a música natalina perguntar “O que você fez?”, responda: “Neste Natal, eu adorei o Salvador.”