O coordenador do curso já havia sido meu orientador. Ao ouvir sobre meu desapontamento e minha preocupação em relação à disciplina que precisava cursar, fiquei surpresa com suas palavras: “Calma, Marisa, você não confia em Deus? Ele já está cuidando de tudo. Antes mesmo de você me entregar essa carta, a professora já havia solicitado ao colegiado que as aulas dela não caíssem mais às sextas e aos sábados.”
Mesmo assim, precisei esperar mais cinco meses até receber a resposta positiva para cursar a disciplina. Tive que estudar dois anos a mais que meus colegas de curso. Foram momentos de lutas e vitórias, mas também de decepções. Derramei muitas lágrimas em oração. Mas, ao final, agradeci, pois Deus sempre honra Seus filhos e nunca os deixa sozinhos.
Ao término do curso, um jovem adventista me agradeceu, pois, segundo ele, graças às minhas lutas não havia tido nenhum problema com as aulas de sexta e poderia se formar no tempo previsto. Uma jovem com a qual estudei nos últimos semestres me disse que o motivo para que Deus me fizesse esperar por dois anos era ela. “O Senhor queria que você me salvasse.” Ela estudou a Bíblia e foi batizada.
Você se lembra da carta que tive que escrever solicitando que as aulas não caíssem às sextas e aos sábados? Ela e minha experiência continuaram circulando na universidade por um bom tempo e ajudaram muitas pessoas. Alguns jovens adventistas me contaram, cerca de dois anos depois da minha formatura, que, quando apresentavam ao colegiado ou aos professores suas preocupações com as disciplinas de sexta e seus requisitos, ouviam o seguinte: “Não se preocupe. Uma tal de Marisa que estudou aqui também passou por dificuldades com as aulas nesses dias e conseguiu se formar.”
Amiga, se você chora em meio a lutas para preservar sua fé, lembre-se de que servimos a um Deus fiel que sempre está conosco. Seu choro nunca será sem propósito, pois aqueles que semeiam com lágrimas, com alegria colherão.
Marisa Pereira de Souza Schultz