Um dos grandes desafios da vida cristã é entregar a vontade nas mãos de Deus e confiar em Seus planos. Como entender e aceitar a vontade divina quando nosso desejo é colocar em prática os próprios planos? A história da família de Isaque e Rebeca ilustra bem esse dilema e seus desdobramentos.
Comecemos com Rebeca. Embora fosse costume da época que os filhos mais novos servissem ao mais velho, o Senhor havia revelado a ela que no caso dos gêmeos Esaú e Jacó seria diferente. Ela gostou tanto da revelação que não teve paciência de esperar pelo tempo de Deus. Por meio de uma trapaça, ela e o caçula se propuseram, no tempo deles, a dar uma “ajudinha” para cumprir o plano divino.
Por sua vez, Isaque, que desejava dar a bênção patriarcal ao filho mais velho, teve que entender que Deus tinha outro plano. Esaú, depois de ver suas armadilhas e estratégias falharem, teve que aprender que não basta nascer em uma família notável para ser especial aos olhos do Senhor.
E quanto a Jacó? A promessa divina se cumpriu como resultado de seu ato enganoso? Não! Fugitivo, solitário, perturbado, culpado e explorado, ele entendeu que a bênção paterna só seria significativa se viesse acompanhada da bênção do Senhor. Depois de se arrepender de tentar realizar os próprios planos a qualquer custo e se entregar totalmente a Deus, conseguiu a bênção plena e genuína.
Em uma narrativa que parecia ser conduzida unicamente por seres humanos, o Senhor entra em cena para nos mostrar como se cumpre Sua razoável, sensata e certeira vontade. Assim, Ele demonstra que não precisa de nossos esforços, projetos ou habilidades para realizar Seus propósitos.
A história não diz de que maneira Deus abençoaria Jacó, apesar de ele ser o caçula. De toda forma, ela nos motiva a desejar que o plano divino se cumpra em nossa vida. Hoje, peça a ajuda Dele para que você, mesmo sem entender, confie em Seus planos e desconfie de tudo aquilo que foge de Sua vontade.