As ervas daninhas são parte da minha vida. Elas aparecem no gramado, desarrumando o visual bem cuidado que nos esforçamos por manter. Elas crescem numerosamente no jardim. Liberam pólen no ar, causando a muitas pessoas a agonia das reações alérgicas.
No entanto, pátios, jardins e campos não são os únicos lugares em que crescem as ervas daninhas. Elas também brotam em nossa mente, sufocando o fruto do Espírito que gostaríamos de cultivar ali. Quando criança, eu ouvia frequentemente a expressão que comparava uma pessoa indesejável ou rebelde a uma “erva má”. Faz sentido, não é? Na verdade, os pensamentos influenciam o comportamento.
Tendo encontrado ervas daninhas com tanta frequência na vida, já pensei muito nelas e cheguei a várias conclusões. Tenho visto que uma razão pela qual as ervas daninhas são alvo de aversão se deve a seu egoísmo antipático. Elas tendem a dominar um jardim, usando recursos como água e nutrientes do solo, mas não oferecem nenhum fruto ao jardineiro em compensação. Até crianças pequenas podem controlar as ervas daninhas. Lembro-me de ter auxiliado nosso neto, Kyle, quando aos 3 anos de idade ele queria ajudar a mamãe a arrancar as ervas daninhas do canteiro de flores. O pequeno Kyle puxou e arrancou as ervas, trabalhando até suar. Ele sabia que as ervas tinham que sair, e permaneceu firme na tarefa até completá-la. Hoje, anos mais tarde, Kyle é um competente e perseverante técnico em computação, e lida com “ervas daninhas eletrônicas” nos computadores. Quando lecionava, eu costumava dizer aos meus alunos de redação que, se quisessem um bom “produto” resultante de suas composições escritas, eles precisariam “arrancar fora aquelas palavras preguiçosas”, assim como um jardineiro arranca o mato. Eu lhes dizia: “Como escritores, vocês também são jardineiros.” Assim somos nós. De modo especial, em nossa mente.
A melhor definição que já ouvi para “erva daninha” é: “algo que cresce no lugar errado”. Assim, uma erva daninha pode ser uma haste de capim no solo, uma árvore, uma palavra ou uma ação não cristã. Deus não disse a Adão que o trabalho no jardim seria uma maldição. Em vez disso, Deus afirmou que as ervas daninhas seriam a causa de aflição e trabalho árduo. Contudo, gratuitamente, por meio do poder do Seu Espírito Santo, Deus nos concede a capacidade de arrancar pela raiz as ervas daninhas em nossa vida, de modo que o coração tenha condições de produzir o puro fruto do Espírito. Sejamos boas jardineiras, diariamente. Que você tenha grande alegria na jardinagem de sua vida!
Betty Kossick