Muita gente escolhe a igreja que vai frequentar como se estivesse escolhendo uma pessoa para namorar. “Olha, a Igreja Central é mais interessante que a do meu bairro.” “Essa outra é muito chata.” “Aquela ali é um bom partido.” Bem, não digo que você deva forçosamente ficar onde não se sinta bem, mas pergunto: O melhor jeito de escolher uma igreja é realmente esse?
A melhor igreja para frequentar não é a pequena ou a grande, a pobre ou a rica, a badalada ou a paradona, a simplesinha ou a sofisticada, a vazia ou a superlotada, mas aquela na qual você não seja apenas mais um. Estar na multidão não é errado, mas usar a multidão para se esconder é.
Gostar de bons programas não é censurável, mas viver como se a igreja fosse um clube social é. Buscar experiências fortes no relacionamento com Deus não é objetável, mas ser um crente viciado em novidade é. Apreciar a boa música, as boas amizades e o ambiente agradável não tem nada de mais; o problema é achar que tudo isso ocorre unicamente para satisfazer seus desejos.
Entenda uma coisa: a vida na igreja não tem muito a ver com suas preferências. Quem deve ser agradado é Deus, não você. A vida na igreja tem mais a ver com a salvação dos que nunca foram lá que com o conforto dos que lá estão. Depende em parte do que você pensa, faz e diz, porém muito mais do que o Senhor Deus pensa, faz e diz.
Você deveria se perguntar: “Senhor, o que queres que eu faça por Tua igreja, com Tua igreja e em Tua igreja?” Faz mais sentido do que perguntar o que a igreja pode fazer por você. Não é que ela não deva se preocupar com a sua vida. Não é isso. É que você cresceu, certo? Então, está na hora de começar a cuidar de quem não cresceu tanto quanto você e que precisa da sua ajuda, ainda que não saiba pedi-la.
A casa fica mais arrumada quando você está esperando alguém. A comida costuma ser melhor quando vem visita. Você é mais pontual e cordial quando há outros envolvidos. Que tal se acostumar a pensar na igreja como um lugar em que convidados especiais o visitam? Que tal agir como se estivesse recebendo o próprio Jesus? Que tal tratar os “pequeninos” do Senhor como pessoas a quem você tem a honra e o prazer de servir? Falando em prazer de servir, será que não é isso que falta para a sua vida de membro de igreja entrar em uma “nova temporada”?