Tu viste meu corpo ainda sem forma, dentro do útero. Já sabias por quanto tempo eu viveria, antes mesmo de eu nascer. Ao contrário do que acontece conosco, Deus não acorda certa manhã, diante de uma surpresa, e diz: “Oh, a Pat Everson está com câncer! O que é que Eu vou fazer?”
Em 1974, ingressei em um emprego no qual trabalharia ao longo dos trinta e três anos seguintes. Minha menininha que nasceu durante esse tempo cresceu. Depois de graduada em medicina, ela fez amizade e se casou com o filho de um dos mais renomados cirurgiões cardiovasculares no estado de Nevada, e foi exercer sua profissão com o sogro.
Em setembro de 2013, tive o que considerei ser uma gripe forte e telefonei para o consultório médico a fim de marcar uma consulta. Nenhum médico tinha horário disponível, e optei por consultar uma médica assistente. Ela me prescreveu uma série de esteroides e antibióticos. Uma semana depois, eu não havia melhorado, e ela me deu uma dose mais forte. De súbito, decidiu pedir uma radiografia do tórax. O exame revelou uma mancha no meu pulmão direito. “Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus”, clamavam meu coração e minha mente (Salmo 46:10, ARA). Em outubro, fui encaminhada para uma tomografia computadorizada. A mancha se confirmou e parecia ser câncer. “Espere no Senhor”, eu dizia para mim mesma (Salmo 27:14). Em novembro, me mandaram fazer um novo exame. “Sim, é câncer, mas não sabemos ainda de que tipo.” Novamente me consolei com o “aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus”. Todos os resultados foram enviados para minha garotinha, agora crescida e com dezoito anos de experiência. Fui consultá-la. Ela confirmou que eu estava, sim, com câncer e queria partir imediatamente para a cirurgia, porque a biópsia por meio de agulha seria perigosa demais. No entanto, ainda não estava identificado o tipo de câncer que eu tinha. Não, não fui atrás de uma segunda opinião. “Aquiete-se”, meu coração continuava a bradar.
Então me submeti e sobrevivi. Fiquei sabendo que meu câncer era comum entre não fumantes, crescia muito devagar e se concentrava no lobo superior do pulmão direito. O lobo inteiro foi removido e não houve necessidade de quimioterapia ou radiação. Dou graças a Deus pela força para vencer os desafios em cada área da vida. Sei que Ele me deu todos os recursos necessários para ter saúde da mente, do corpo e do espírito – incluindo minha doutora.
Pat Everson