A expressão “Está consumado!” é a tradução do verbo grego “tetelestai”. Charles Spurgeon disse que “nessa gota de palavra existe um oceano de significados”. Nos dias de Jesus, essa palavra geralmente era usada de três formas diferentes.
No campo das artes, quando um artista terminava sua obra, ele dizia: “Tetelestai!” De forma semelhante, na cruz, Cristo concluiu sua mais bela obra de arte. Muitos pensam que esta seria a ressurreição. De fato, a ressurreição foi um feito grandioso. Ela está intimamente ligada ao sacrifício no Calvário. Contudo, na ressurreição, Deus mostrou a força do Seu poder; mas, na cruz, Ele revelou a força do Seu amor. Por isso, como um artista satisfeito com sua obra exibida perante todo o Universo, Jesus bradou: “Tetelestai!”
O segundo uso comum de tetelestai nos dias de Jesus está ligado à esfera comercial. Quando alguém tinha uma dívida, um documento com o valor do débito era escrito em seu nome. Assim que a dívida era quitada, escrevia-se tetelestai sobre a cédula para indicar: “Está pago!” Na cruz, Jesus pagou a dívida que havia contra nós, como o apóstolo Paulo disse em Colossenses 2:13 e 14: “Ele nos perdoou de todas as transgressões e cancelou a escrita de dívida.”
Por fim, a palavra tetelestai também era usada no âmbito esportivo daquela época. Quando um corredor se destacava dos demais e vencia a prova, ao cruzar a linha de chegada, ele poderia gritar: “Tetelestai!” Isso significava: “Venci!” Na cruz, Jesus venceu o mundo, o pecado, o diabo e a morte. Ele venceu para nos dar a vitória. Por isso, o Campeão do Céu pode perguntar: “Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu aguilhão?” (1Co 15:55). A morte foi vencida por Cristo na cruz.
Apesar da dor e do sofrimento, Jesus encarou a cruz como um local de salvação e vitória. Nela, o Leão da Tribo de Judá fez o Universo estremecer quando rugiu: “Está consumado!” Ele sabia que, por meio desse supremo sacrifício, hoje você poderia ser chamado filho de Deus.