O sol mal tinha se posto na sexta-feira, e eu levava meus quatro filhos para a cama. Meu coração estava pesado. Muito pesado para aguentar o barulho e a atividade deles por mais tempo!
Assim que tudo ficou em silêncio, me joguei no sofá e caí em prantos. Meu marido estava ausente em uma viagem de sete semanas, e educá-los sem a ajuda dele era muito difícil. Quando se aproximava o fim da sexta semana, o desânimo me cobriu como um cobertor pesado. Tudo o que eu conseguia ver eram as falhas de meus filhos – briga, choro, provocação e desobediência – eles eram tão malcriados! Agora, com lágrimas rolando pelo meu rosto, implorei a Deus que falasse comigo.
Olhe para os meus filhos, Senhor! Eles nunca irão para o Céu assim! Não há esperança para eles! Nem para mim! Olhe para mim! Eu sou um fracasso como mãe, e não consigo nem salvar a mim mesma, muito menos meus filhos!
Abracei minha Bíblia desesperadamente. Fale comigo! Por favor, fale comigo! Nenhum de nós tem esperança, e preciso ouvir Sua voz!
Abri a Bíblia, procurando… não sei o quê. Meus olhos caíram imediatamente nestas palavras: “Será que se pode tirar o despojo dos guerreiros, ou será que os prisioneiros podem ser resgatados do poder dos violentos? Assim, porém, diz o Senhor: ‘Sim, prisioneiros serão tirados de guerreiros, e despojo será retomado dos violentos; brigarei com os que brigam com você, e seus filhos, Eu os salvarei’” (Is 49:24-26).
Eu salvarei os seus filhos. Exatamente as palavras que meu coração ansiava ouvir. A resposta para o maior peso no meu coração. Fiquei em paz. Ele salvará meus filhos! Ele prometeu! É o trabalho Dele, não o meu. Nunca foi meu. Claro, não posso salvar meus filhos, nem a mim mesma. Somos completamente dependentes Dele, e Ele prometeu nos salvar.
A alegria encheu meu coração. Eu queria gritar, rir e cantar. Deus falou comigo. Ele ouviu meu clamor. Ele me respondeu! Ele conhece a angústia do meu coração. Ele me ouviu e respondeu. Ele realmente me ama. Podemos confiar nossos filhos a Ele.
Patsy Arrabito