Senti um nódulo no seio. Então resolvi visitar meu médico. Ele confirmou meus medos e planejamos a cirurgia. Ao sair do consultório médico, fui a uma igreja vizinha, onde chorei e me entreguei de novo a Deus.
Antes da cirurgia, orei sem cessar, pedindo a Deus a cura. Refleti sobre minha vida no ministério com meu esposo. Lembrei como trabalhamos para o Senhor em Owerri, quando eu era a diaconisa-chefe. Não tínhamos um edifício para a igreja, e fazíamos o culto numa sala de aula de escola pública sem portas. Sozinha, eu enfrentava tempestades torrenciais para preparar a igreja para os cultos. Além disso, às sextas-feiras eu ia à escola de ensino médio para pegar estudantes. Após a igreja no dia seguinte, nós os alimentávamos antes de levá-los de volta à escola.
Durante uma das minhas sessões de oração, eu me perguntei se havia ignorado alguma bênção que eu queria agradecer a Deus, e uma voz disse ao meu coração: Como pôde esquecer o que aconteceu com você em Aba? Fui lembrada de como Deus me arrancou da cova do diabo durante um projeto da faculdade, e agradeci de novo a Ele.
Meu pastor foi com meu esposo e outros membros da família ao hospital na manhã que eu fiz a cirurgia. Após a cirurgia, foi iniciada uma série de tratamentos de quimioterapia. O médico pediu tratamentos extras. Meu esposo tinha ido para os Estados Unidos em um período de licença antes de voltar para a Nigéria. Fiquei quebrada. Meus filhos, mesmo estudando com empréstimos estudantis, estavam ajudando a colocar gasolina no meu carro. Minha alimentação limitava-se a espinafre, cogumelos e batatas. Não conseguia trabalhar. Fui encorajada a procurar emprego no turno da noite para conseguir um pouco de dinheiro e pagar minhas contas.
Quando completei o tratamento contra o câncer, uma voz me disse: Tudo está bem agora. Fui convencida de que o Senhor me curou. Durante o culto, um dia de sábado, a esposa do nosso pastor e minha irmã cantaram em meu favor. Mais ou menos uma semana depois, dei o meu testemunho e também pude cantar. Os membros da igreja ficaram profundamente emocionados e cantaram comigo. Depois, nos abraçamos, e tive que perguntar: “Existe alguma coisa impossível para o Senhor?” (Gn 18:14).
Margaret Obiocha