No livro Deuses Falsos, Timothy Keller define um ídolo como “qualquer coisa mais importante que Deus para você, que domine seu coração e sua imaginação mais do que Deus. Qualquer coisa que você busque a fim de receber o que só Deus pode dar”.
Antigamente os deuses ganhavam rosto e nome. Havia Afrodite, a deusa da beleza; Ares, o deus da guerra; Ártemis, a deusa da fertilidade e da prosperidade; Hefesto, o deus da arte. Hoje, os deuses são os mesmos, porém assumem traços mais sofisticados e sutis. Algumas pessoas são capazes de perder a saúde por causa da obsessão pelo corpo perfeito. Outras sacrificam o tempo com a família na busca desenfreada por mais dinheiro.
Deus disse ao profeta Ezequiel que os ídolos são produzidos no próprio coração humano. Comentando essa realidade, Calvino disse que o nosso coração é uma “fábrica de ídolos”. Essa é uma trágica realidade. Em vez de devotarmos a Deus o nosso amor supremo, costumamos erguer os nossos totens e santuários imaginários, criando ilusão para nós mesmos. Em outras palavras, a idolatria é autossabotagem. Poder, status, dinheiro, fama, familiares e até a religião fazem parte desse panteão vazio e oco, incapaz de satisfazer a nossa necessidade de Deus.
Os ídolos funcionam como um vírus no sistema operacional da alma, pois desconfiguram as nossas prioridades. São ditadores exigentes que controlam o foco da adoração e sugam para si o amor, as energias e o tempo dos seus devotos. Eles seduzem e hipnotizam. Podem até ser coisas boas, como um filho ou cônjuge, por exemplo. Porém, sabemos que nada nesse mundo é capaz de preencher o vazio infinito da alma, a não ser o eterno Deus.
No Novo Testamento, a palavra grega traduzida como “ídolo” primariamente significa “fantasma”, “semelhança”, “imaginação”. Você tem substituído Deus por algumas dessas miragens? Talvez seja um time, artista ou até uma ideologia. Sugiro a você hoje que abandone esses ídolos e coloque Deus em Seu devido lugar. Passe o seu melhor tempo com Ele. Se Deus for o primeiro em seu coração, você será feliz.