Geralmente consigo terminar as coisas em um tempo razoável. Apesar de procrastinar de vez em quando, normalmente faço uma lista e vou “riscando” as tarefas conforme lido com elas.

Certo dia, porém, eu comprei um pequeno tapete para possivelmente usá-lo para decorar a sala da Escola Sabatina das crianças. Logo percebi que esse tapete em particular não se encaixaria na sala e não atenderia ao propósito pretendido. Então o tapete entrou em minha lista de tarefas, para ser devolvido à loja, já dentro da sacola com o recibo de compra.

Eu carreguei a sacola no meu carro por um tempo, até que finalmente fui à loja, onde me dirigi ao balcão de atendimento ao cliente.

– Isto está um dia atrasado! – exclamou a balconista. Eu não compreendi muito bem o que se passava. Foi aí que ela perguntou ao gerente se eles poderiam ser misericordiosos comigo, já que minha devolução estava atrasada apenas um dia.

Eles conferiram as regras, mas, por causa das minhas experiências passadas, eu sabia que, se eles fizessem a devolução, teriam problemas com seus superiores. Então, eles sentiram que não poderiam honrar meu pedido. Eu os agradeci pela tentativa e saí da loja, ponderando sobre os resultados do meu atraso.

Se eu tivesse olhado o recibo, teria visto a política de retorno de trinta dias. Mas, como se pode ver, eu agora tinha um tapete que não possuía nenhuma utilidade.

Aprendi uma dura lição. Mesmo não tendo sido reembolsada pelo tapete, não tive uma grande perda financeira, mas a consequência do meu esquecimento feriu meu orgulho e meus pensamentos.

Comecei a ponderar que coisas mais importantes poderiam ser afetadas por procrastinar as tarefas , como daquela vez em que meu marido e eu estávamos voltando para casa depois de umas curtas férias. Como eu queria chegar em casa mais cedo, escolhemos não fazer o trajeto de alguns quilômetros a mais para visitar alguns amigos queridos, já idosos. Não muito tempo depois, a mulher idosa morreu. O fato de não termos ido visitá-los ficou na minha memória.

Há uma decisão ainda maior que precisa ser tomada agora e que afeta a nossa eternidade. Hoje é o dia da salvação – amanhã pode ser tarde demais. Jesus quer um relacionamento conosco agora.

Não sabemos nada sobre o amanhã, mas temos o hoje.

{ Valerie Hamel Morikone }