Domingo
07 de março
Face a face
Eu sou a ressurreição e a vida; aquele que crê em Mim, ainda que morra, viverá. João 11:25

O hino “Face a Face” é um dos clássicos que ouvi na infância e adolescência, interpretado pelas vozes inconfundíveis de Zilda e Elias Azevedo.

Em setembro de 1999, enquanto Zilda e Elias se preparavam para participar de um evangelismo, no Canadá, ela teve febre e fez exames.

No mesmo dia, enquanto o filho e a nora ouviam do médico amigo da família sobre a gravidade do câncer que comprometia mediastino e pulmões, Zilda saiu e voltou dizendo: “Fiz um pacto com Deus. Faço tudo menos quimioterapia, para não comprometer minha lucidez… Quero contar a liçãozinha aos meus netos enquanto puder.”

Novos exames e uma biópsia mostraram um tumor do tamanho de uma laranja. As previsões médicas eram sombrias.

Nos próximos sete meses e meio, Zilda fez radioterapia e tratamentos naturais, levando vida normal. Participou do evangelismo no Canadá, gravou o vídeo “Cantando e Aprendendo com a Vovó”, e testemunhou seu desejo de ver Cristo. Nunca teve falta de ar, febre ou dor. Ela animava suas visitas, cantando para elas.

Em fevereiro do ano seguinte, ela cantou na igreja o hino “Deus Sabe, Deus Ouve, Deus Vê”, sem dificuldade. Duas ex-adventistas que a assistiram decidiram ser rebatizadas. Ela pôs as mãos no peito, dizendo: “Abençoado câncer que salvou duas pessoas”.

Numa tarde, Zilda comemorava com a família o retrocesso do câncer. Olhando para a mãe, a netinha e a nora, disse: “Logo vou descansar. Ao acordar, vou ver a face de meu Jesus!”

Dois dias depois, à tarde, sentiu um pequeno desconforto gástrico, mas estudou a lição com os netos, antes de ser levada ao hospital. Logo exames mostraram uma grave compressão pulmonar. No entanto, ela ria, conversava e respirava normalmente. Levada à UTI, Zilda cantou para a médica. E 24 horas depois, aos 57 anos, dormiu, para acordar e ver a face de Jesus.

Dois anos mais tarde, a médica da UTI contou à família: “Fui tão impactada por sua serenidade e segurança diante da morte que repensei minha vida, e um ano e meio depois fui batizada.”

Zilda viveu o que tão graciosamente cantava. Por seu testemunho, muitos reencontraram e encontraram a Deus. Na manhã da ressurreição, ela realizará seu grande desejo de ver Cristo, face a face.