Uma senhora perdeu uma joia valiosa em um teatro, mas só se deu conta do problema quando chegou à sua casa. Não acreditando que a joia pudesse ser recuperada, esperou até o dia seguinte e ligou para o teatro. O zelador daquele lugar pediu que ela aguardasse ao telefone enquanto faria uma busca nos prováveis locais em que pudesse encontrar a joia. Depois de alguns minutos, ele encontrou a valiosa peça e voltou ao telefone. Quando tentou contar a feliz novidade, a senhora já havia desligado. A falta de fé a fez desistir de esperar a resposta. Talvez ela tenha pensado: “Uma joia cara como aquela jamais será devolvida.”

Muitas vezes, agimos assim com Deus. Levamos a Ele nossos pedidos mas não aguardamos a resposta. Perdemos, então, a vontade de orar. Sentimos que falhamos. Por isso Deus não nos ouvirá. Assim, deixamos de orar e perdemos bênçãos enormes. Ellen White nos aconselha: “Quando sentimos que pecamos e não nos é possível orar, esse é exatamente o momento de orar” (O Maior Discurso de Cristo, p. 115).

Escrevi a letra da música “Falar com Deus” em parceria com o maestro Lineu Soares para uma semana de oração do Unasp, Engenheiro Coelho. Após algum tempo, fiquei incomodado com uma frase no início da segunda estrofe: “Orar a Deus é o que mais quero.” Essa frase pode não ser a mais adequada porque, como vimos, nem sempre queremos orar a Deus.

Por outro lado, Ellen White nos aconselha a orar mesmo quando não queremos. Então, antes da gravação final, a frase foi substituída por: “Orar a Deus é o que preciso.” Isso é uma realidade porque somos humanos, nossa fé é falha e perdemos a vontade de orar. Justamente por isso, precisamos orar.

Essa música fala de nossa maior necessidade hoje: “Falar com Deus é o que preciso. / Pois Ele é fonte de poder. / Só Nele a vida faz sentido / Pois me dá forças pra viver.”