A maior parte das informações da carta de Judas é a respeito dos falsos mestres, especialmente o que ensinam e como se comportam. Quem são? Eles não têm o Espírito conduzindo sua vida (Jd 19), mas são ímpios (v. 4), irreverentes para com Deus e transformam Sua graça em libertinagem (v. 4). Parecem aceitar o perdão, mas se esquecem da obediência. Por seus ensinos e sua conduta, negam o senhorio de Jesus. Eles O aceitam como Salvador, mas não como Senhor. Fazem o que querem e não o que Deus deseja.
Eles são sonhadores alucinados (v. 8). Vivem fora da realidade. Têm uma mente pervertida. O que não entendem, difamam. O que compreendem é usado para o mal, para se corromperem (v. 10). Os falsos mestres daqueles dias afirmavam que o que conta é salvar a alma, e que aquilo que se faz com o corpo não tem importância. Diziam que aquele que está cheio do Espírito não se submete às leis. Com base nessas falsas premissas, contaminavam o corpo como os sodomitas haviam feito (v. 7, 8).
Como são seus relacionamentos? Eles se introduzem na igreja de modo dissimulado (v. 4). São escarnecedores (v. 18). Riem-se daqueles que procuram viver em harmonia com elevados padrões morais e que se recusam a acompanhá-los em sua conduta libertina. São, ainda, enganadores (v. 13, 14), promovem divisões (v. 19) e não respeitam as autoridades (v. 8).
Judas incentiva os cristãos a manter a doutrina pura. Ele a chama de fé (v. 3). Nessa carta, fé é o conjunto de ensinamentos cristãos. Judas nos exorta a batalhar pela fé, pelas doutrinas que nos foram confiadas, porque a doutrina verdadeira é uma revelação que vem de Deus e conduz para Deus enquanto a doutrina falsa vem do maligno e nos afasta de Deus. Batalhemos, então, pela fé!