Aguardávamos na fila para ver a estrela de ouro, assinalando o local do nascimento de Jesus. Na nossa frente, um grupo de pais conduzia ansiosamente os filhos, com deficiência mental ou física, para tocar a estrela e receber cura. Uns resmungavam, outros riam à toa. Outros, forçados a tocar a estrela, tentavam fugir. Uma cena triste. Tive a certeza do olhar compassivo de Deus por eles.
Não podemos nos limitar a essa fé. Fé é crer em algo sem evidências, com base apenas em sensações? É preciso conhecer o Deus que encarnou, cresceu, morreu, ressurgiu e que deseja interagir diariamente conosco, partilhando Seus planos incríveis.
Muitas pessoas querem a verdade, mas, em vez de examiná-la na Palavra de Deus, com as faculdades de raciocínio dadas por Ele, preferem orar pedindo a Deus uma impressão, uma sensação de convicção. Deus nos fala por meio da oração, mas, quando ignoramos as evidências de Sua Palavra para nos apoiar em sensações, Satanás nos convence a deixar de lado as evidências tão claras na Bíblia e nos tornamos reféns do engano.
No verso de hoje, Paulo diz que fé é certeza. O psiquiatra Timothy Jennings observa que, em inglês, esse texto usa a palavra substance para certeza e deriva do grego hypostasis (hypo = por baixo e stasis = posição). “Portanto”, diz ele, “podemos apresentar uma tradução moderna da passagem como: A fé é a compreensão que está por baixo das coisas que esperamos, a convicção de fatos que não se veem” (Simples Demais, p. 97).
A verdadeira fé é racional e baseada no conhecimento crescente de Deus. Só confiaremos de fato em quem conhecemos e experimentamos. Só confiaremos em quem nos dá provas do quanto Se preocupa conosco. Quanto mais O compreendermos, mais fé teremos.
Tente não permanecer na fé superficial que se apoia apenas na estrela, na manjedoura, nas luzinhas ou no Papai Noel. Busque alcançar a intensa vivência com o Autor da fé e da Palavra. Assim, sua fé será sólida, pois terá “substância” para confiar que Ele lhe dará um glorioso futuro!