O sonho de Nabucodonosor ainda o perturbava. Seu idolatrado império, Babilônia, não poderia ser arruinado. Contudo, à medida que o tempo passava, o rei via que seu reino estava perdendo a unidade. Aos poucos, a profecia da sucessão de impérios se cumpria diante de seus olhos. Por isso, mandou fazer uma estátua de ouro e convocou as autoridades de Babilônia para adorá-la. Qualquer um que não se curvasse perante a estátua seria consumido pelas chamas de uma grande fornalha.
Quando a música que marcaria o momento de se curvar diante da estátua começou a ser tocada, cada súdito de Nabucodonosor se prostrou para adorar a estátua. Entretanto, os três rapazes que se uniram a Daniel em oração para que Deus lhes revelasse o sonho permaneceram de pé, sem temer a ameaça das chamas. Aquele ato de insubordinação não foi tolerado pelo rei. Mesmo assim, aqueles jovens preferiram perder a vida a negar a fé. No texto de hoje está registrada a resposta que deram a Nabucodonosor.
Aquele dia jamais será esquecido. Os olhos que viram aquela cena nunca foram tão impressionados. Três rapazes amarrados foram jogados na fornalha, que estava aquecida ao máximo. As chamas incineraram as cordas, mas nem sequer chamuscaram sua pele. Ao lado deles estava um quarto homem, que o rei disse ter a aparência de “um filho dos deuses” (Dn 3:25).
Sim! Aquele era mais um sinal de que Deus estava com eles em Babilônia e de que não havia desamparado Israel. Onde quer que o povo estivesse, lá Ele também estaria. Então as palavras do profeta Isaías fizeram sentido: “Quando passar pelo fogo, você não se queimará; as chamas não o deixarão em brasas. Pois Eu sou o Senhor, o seu Deus, o Santo de Israel, o seu Salvador” (Is 43:2, 3).
A maior lição daquele dia para o povo no exílio foi descobrir que não existe lugar melhor para se encontrar com Deus do que nas chamas da provação. Pense nisso!