Quinta-feira
13 de fevereiro
FÉ QUE NÃO SALVA
Jesus lhe disse: “Pois, então, veja! A sua fé salvou você.” Lucas 18:42

Normalmente, pensamos que a fé é um dom exclusivo daqueles que se entregam a Deus, dividindo as pessoas entre crentes e descrentes. Os crentes são considerados aqueles que têm fé, enquanto os descrentes englobam ateus, céticos e agnósticos. Entretanto, esse conceito é equivocado.

A fé não é um dom apenas daqueles que têm comunhão com Deus, e nem toda fé conduz à salvação. Tiago 2:19 destaca que “até os demônios creem” na existência de Deus e estremecem diante dela. Ou seja, até o diabo é crente e não ateu.

Considerando que os demônios são um caso perdido, podemos dizer que existe um tipo de fé exercida por eles que não conduz à salvação. E qual seria ela? A fé que não se mistura com a graça, que não está acompanhada pela piedade ou pela prática de boas obras (Tg 2:18). É a fé perdedora que se contrapõe à fé em Jesus, a qual denominamos fé salvadora.

Não pense também que a fé perdedora é uma exclusividade dos anjos caídos. Há muitas pessoas fazendo de Lúcifer, e não de Jesus, o objeto de sua crença. Elas até creem, mas na direção errada. Enquanto a fé salvadora leva os indivíduos a se tornarem mais semelhantes a Cristo, a fé dos demônios os faz parecer cada vez mais com o maligno.

Paulo escreveu: “Mas você precisa saber disto: nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis. Pois os seres humanos serão egoístas, avarentos, orgulhosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem afeição natural, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, convencidos, mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus. Tendo forma de piedade, mas negando o poder dela. Fique longe também destes” (2Tm 3:1-5).

Muitos pensam que essa lista se refere exclusivamente aos ímpios não religiosos que desdenham de Deus. No entanto, atente para a última linha: “Tendo forma de piedade, mas negando o poder dela”, o que aponta para pessoas que, por conveniência ou oportunismo, demonstram alguma exibição externa de cristianismo, mas não se permitem ser transformadas pela graça de Cristo. Até falam de Deus, mas convivem com o pecado, e se sentem confortáveis assim. Portanto, não basta ter fé; é preciso perguntar honestamente: Que tipo de fé possuímos?