Alister McGrath, o autor da obra Conversando com C. S. Lewis, que deixou de ser ateu ao estudar a vida de Lewis, cita uma frase dele: “Se eu encontrar em mim mesmo um desejo que nenhuma experiência neste mundo possa satisfazer, a explicação mais provável é que eu fui feito para outro mundo.”

Talvez isso a ajude a compreender a origem de muitos de seus sentimentos de inadequação: definitivamente você não é deste mundo.

Muitas das considerações de Lewis se deram em face da perda de amados – a mãe, o pai, o irmão, o melhor amigo e a esposa. Ele escreveu O Problema do Sofrimento e Anatomia de uma Dor – O Luto em Observação, questionando o que nos ajuda a continuar caminhando pelo vale da sombra e da morte sem ceder ao desespero. Sua resposta é: a esperança. Ela significava muito para Lewis. Uma esperança enraizada na convicção do que Deus prometeu além da morte, e uma esperança que, no dizer do poeta John Milton, “nos permite dizer adeus ao temor”.

Talvez você tenha uma enorme sensação de inadequação diante da perda de queridos e pense: “O que eu ainda estou fazendo neste mundo sem perspectiva? Por mais que eu possa me cuidar, vou pelo mesmo caminho de todos: envelhecer e morrer.”

Ah! Se não fosse nossa bendita esperança, não é mesmo? Ela nos conforta e nos relembra da necessidade de estar com Deus a cada manhã, conversando e aprendendo, por meio do livro sagrado, detalhes importantes de Suas promessas e dessa esperança. Não há jeito melhor de continuar a caminhada por este mundo mais sombrio que brilhante.

Prestemos mais atenção à guerra entre o bem e o mal. Não nos permitamos distrair constantemente dessa guerra, concentrando-nos apenas nos problemas que na verdade são as consequências dela, lutando contra os outros, em vez de lutarmos contra o nosso eu; chorando por nos sentir injustiçadas, em vez de chorar pela nossa pequenez; reservando energia para nos vingar dos outros, em vez de reservá-la para crescer em humildade e serviço.

Andemos diariamente com Jesus! Logo veremos o cumprimento da bendita esperança. Não mais nos sentiremos inadequadas no mundo que nos cerca, mas viveremos como cidadãs de um mundo maravilhoso pelo qual tanto aguardamos.