Quinta-feira
13 de abril
Fidelidade, um verbo
Mostra-me essa tua fé sem as obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé. Tiago 2:18, ARA

Examinei o banheiro. O chuveiro parecia limpo. O piso, a pia e o balcão brilhavam, mas o vaso sanitário… ah! Não havia dúvida sobre a sua condição. Precisava de limpeza! Nosso filho viria no fim de semana. Isso significava reuniões de família e amigos aparecendo inesperadamente. Significava que todos veriam o estado do meu banheiro. Os músculos rígidos pela fibromialgia, com frequência, estimulavam-me à cegueira quanto à condição do banheiro. Agora eu precisava terminar de limpá-lo.

Faltava-me energia, mas o vaso precisava de trato. Em pé, com as mãos nos quadris, eu avaliava o objeto. As palavras de um recente estudo da Bíblia em classe se infiltraram entre o meu desespero.

“Fidelidade é um verbo”, dissera o professor. “É uma ação, uma resposta ativa à fé.”

Minha mente divagou. Devido à deterioração na capacidade física, dependo mais de Deus. Por exemplo, luto para ligar a mangueira da máquina de lavar louça portátil à torneira. Pedindo-Lhe ajuda, seguro a mangueira no lugar e observo enquanto ela se encaixa. Quando a dor se torna mais forte do que posso suportar, volto-me para Ele, e a dor se retrai. A paz ocupa seu lugar. Também conto com Sua intervenção em  minha vida. Recentemente, entendi que precisava de mais exercício, mas caminhar aumenta a dor. Uma amiga, cuja piscina tem água morna, convidou-me para nadar com ela. A piscina morna, a banheira quente, a amizade, tudo combinado, tornou o exercício suportável. Eu sabia que Deus interviera.

Eu creio. Tenho fé. Sei que Deus Se interessa pelos detalhes da minha vida. Mas devo deitar na cama, esperando que Ele me empurre para fora dela, assim como Ele puxa as cordas de uma marionete? Minha cabeça diz que não! Então, eu tomo a iniciativa.

Tradicionalmente, tento fazer aquilo que, segundo entendo, Deus deseja. Até que minha própria força venha a falhar. Então me desespero e lamento. Agora, não posso mais “fazer acontecer”. Sei que dependo de Deus. Voltei-me para o desafio diante de mim e comecei a relacionar meu dilema com o conceito bíblico de fidelidade que, segundo o professor da classe, é uma resposta ativa à fé na palavra e no poder de Deus. O conceito me abriu a compreensão. A crença – fé no Deus que cuida e que está disposto a proporcionar energia, poder e a oportunidade de realizar o necessário – requer um ato de fidelidade de minha parte. Fazer e depender não se excluem mutuamente.

Com esse princípio em mente, eu prossigo.

Laurice Shafer