Terça-feira
12 de julho
Filhas do nosso Pai
Pai nosso, que estás nos Céus, santificado seja o Teu nome. Mateus 6:9

Você já parou para refletir no que a palavra “nosso” significa nessa oração? Quem, de fato, é “nosso”? Talvez essa possa parecer uma pergunta fácil de responder, mas não é. Eu estava sentada, assistindo ao noticiário, quando me deparei com a história da morte terrível de duas meninas. A reportagem contou de uma mulher que havia convidado seu namorado para morar com ela e sua filha de cerca de 10 anos de idade. A menina tinha uma amiga da mesma idade que era sua vizinha, e as duas meninas passavam muito tempo uma na casa da outra brincando e assistindo à TV.

Certo dia, enquanto a mãe estava no trabalho, o homem entrou no cômodo onde as meninas estavam brincando, as estuprou e matou. Fiquei sentada em frente à TV em estado de choque. Quem era aquele homem? Como ele poderia ser capaz de fazer algo tão terrível? Imediatamente pensei na mulher e comecei a orar por ela e pela família da outra menina. Por ter perdido um filho, eu sabia a dor e a agonia que aquelas queridas mães estavam sofrendo.

Enquanto eu orava por aquelas mulheres, o Espírito Santo falou ao meu coração: E quanto àquele homem? Minha resposta foi imediata: Quem se importa com aquele homem? Ele é mau, e eles deveriam trancá-lo na prisão e jogar a chave fora. Mas Deus ainda não havia acabado de me ensinar uma lição. A pergunta novamente me veio à mente, mas de modo mais contundente: E aquele homem? Ore por ele. Então as palavras do nosso texto de hoje me vieram à mente: “Pai nosso que está nos Céus.” Quem é “nosso”? Se Deus é o Pai de todos, então esse homem é meu irmão espiritual. Tremi ao cogitar a possibilidade disso ser ver- dade, mas era. Deus é nosso Pai celestial, e isso inclui traficantes de droga, o bêbado na sarjeta, o homem ou a mulher com sentença de prisão perpétua por ter cometido um crime hediondo.

Senti como se Deus estivesse apontando Seu dedo para mim a fim de me lembrar de que aos Seus olhos somos todos iguais, pecadores que têm a oportunidade de ser salvos pela graça de Deus. A culpa tomou conta de mim ao perceber que eu ousara classificar pecado como grande ou pequeno, pois aos olhos de Deus pecado é pecado. Inclinei minha cabeça, confessei meu pecado e comecei a orar pelo meu irmão que havia pecado contra minha irmã, e que merecia a salvação. Ele merecia salvação tanto quanto eu mesma.

Heather-Dawn Small