No século 14, espalhou-se pela Europa uma das epidemias mais mortais que a humanidade já conheceu: a peste bubônica. Transmitida pelas pulgas de ratos e outros roedores, a praga dizimou milhões de pessoas. É possível que metade da população da Europa tenha morrido em decorrência dessa doença. Tudo indica que a peste tenha chegado ao continente com os ratos que vinham dentro dos navios mercantes que traziam especiarias da Índia.
Os livros de História não definem quem foi o primeiro a contrair a doença. Quando as pessoas se aperceberam, já existiam milhares de europeus infectados e mortos. Houve um primeiro rato infectado que fez com que uma pessoa fosse infectada e, em seguida, duas, três, dez, cem, milhares, milhões.
Pragas se espalham assim: iniciam-se aos poucos e, de repente, estão atingindo um grande número de pessoas. A fofoca é como uma praga. Ela começa na boca infectada de ódio e pecado de uma pessoa, que passa para outra e, então, perde-se o controle da informação. O pior de tudo é que a fofoca pode destruir a reputação do indivíduo de quem se fala e abalá-lo emocionalmente.
A Bíblia chama as pessoas que vivem espalhando fofocas de tolas. Essas pessoas não percebem que, quanto mais espalham calúnias sobre outras, mais estão destruindo a própria reputação, que fica manchada perante a comunidade em que vivem. Pura tolice!
Uma frase atribuída ao antigo escritor Esopo diz: “Se não pode dizer uma coisa boa, não diga nada.” Esse é um princípio que deve nortear nossa vida. Falar mal das pessoas é prejudicial para todos os envolvidos. Mas há algo mais grave ainda nessa história.
Segundo Jesus, quando fazemos algo ruim para um filho Dele, estamos agindo contra Ele mesmo. Cristo afirmou: “O que vocês fizeram a algum dos Meus menores irmãos, a Mim o fizeram” (Mateus 25:40). Portanto, quando o fofoqueiro está destruindo alguém com suas mentiras, está falando mal do próprio Deus.
Nossa atitude como cristãos deve ser a de sempre nos preocuparmos em falar bem das pessoas. Se não podemos fazer assim em relação a alguém, é melhor ficarmos em silêncio. Não devemos ser portadores da “bactéria” da fofoca. Deus deseja que da nossa boca saiam apenas palavras que promovam o bem do outro.