Um dos elementos que compõem a natureza humana pecaminosa é a vaidade. Salomão avaliou a vida distante dos propósitos de Deus afirmando que “tudo é vaidade” (Ec 1:2, ARA). Isso quer dizer que mesmo coisas boas e virtuosas, se não forem motivadas pelo Espírito Santo, são apenas futilidade e presunção. Em última instância, “tudo o que não provém da fé é pecado” (Rm 14:23), escreveu o apóstolo Paulo.

Em uma era tão egoísta, é fácil nos apegarmos a nossas virtudes, conquistas, riquezas e influências sem nos apercebermos de que isso é vaidade. As redes sociais demonstram esse fato. Na esfera da religiosidade, alguns são tentados a se achar mais santos, virtuosos e merecedores do que outros. Quem nunca se sentiu tentado a fazer isso? Diante dessa realidade, com as próprias forças, o máximo que conseguimos é disfarçar nossa vaidade por meio de um falso discurso de simplicidade e humildade.

Como cristãos, devemos implorar diariamente para não cair nas armadilhas da vaidade, a fim de que nosso testemunho dê evidências de uma vida convertida. Em vez de vivermos preocupados com o que os outros vão dizer sobre nossa aparência, nossas roupas ou nossos recursos, devemos nos preocupar em crescer espiritualmente por meio da comunhão com Deus.

A Bíblia tem vários textos que falam sobre a vaidade (Pv 18:12; 21:24; Is 23:9; Fp 2:3). Em Apocalipse 17, uma mulher vaidosa simboliza a religião apostatada. Conscientes de que o ser humano, naturalmente, é vaidoso, devemos renunciar ao eu, subjugando-o à vontade do Senhor. Assim, seremos libertos das amarras da vaidade e poderemos desfrutar a plenitude de vida prometida por Deus. Que as palavras de Provérbios 30:7 e 8 sejam nossa oração hoje: “Duas coisas Te pedi; não mas negues, antes que morra: Afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa” (ARC).