Algumas pessoas esperam que você respeite e apoie as mesmas autoridades e celebridades com as quais elas simpatizam. Já observou? Nem sempre, porém, isso é possível. Veja, por exemplo, o que ocorreu entre os recém-convertidos à fé cristã em Antioquia. Eles receberam a visita de alguns crentes da Judeia que vieram convencê-los a praticar certos ritos e tradições judaicas.
Então, os visitantes apelaram para os escritos de Moisés, o grande líder e legislador de Israel. Os apóstolos também foram lá a fim de esclarecer o assunto. Mas quem eles citariam que fosse mais respeitado que Moisés? Pedro então faz um eloquente discurso invocando a autoridade de Deus Pai, Jesus Cristo e o Espírito Santo (At 15:7-11).
Os demais apóstolos seguem a mesma linha. Tiago, além disso, cita o Antigo Testamento, incluindo uma profecia de Amós sobre a necessidade de acolher os novos conversos, de qualquer nação, como parte do povo de Deus. Diante disso, “toda a assembleia ficou em silêncio” (v. 12). Assim, o assunto finalmente se resolveu!
Como seguidores de Jesus, não precisamos concordar em tudo. Entretanto, naquilo que é essencial, é preciso que haja consistência e harmonia. Os escritos de Moisés e Amós não se contradizem; se complementam! Certas divergências só existem e persistem porque há pessoas que viajam por terra e mar não para fazer um discípulo de Jesus, mas para formar um novo adepto de determinada doutrina. Foi esse o exemplo que Cristo nos deixou? Medite nisso.
Na querela de Atos 15, os judaizantes citaram Moisés. Os apóstolos, por sua vez, citaram Deus e o profeta Amós. Quem você cita e o que você cita dizem do que você crê e de como você crê. Pessoas atenciosas perceberão isso. As outras, porém, vão engolir o camelo e, depois, se engasgar com o mosquito, como ocorreu com alguns em Atos 15. Esses farão Moisés e Jesus parecer estar em desacordo. Não vale a pena segui-los. Eles plantam vento para colher tempestade. Fique atento. Não viole a própria consciência sob o pretexto de manter a paz, mas também não sacrifique a paz dos outros por coisas que não são o fundamento da fé. Concorda? Se o seu profeta preferido ressuscitasse hoje, será que não lhe diria algo assim?