No Salmo 46, a Bíblia diz que “Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza, auxílio sempre presente na adversidade. Por isso não temeremos, ainda que a terra trema e os montes afundem no coração do mar”. Ao entender que o Senhor é nosso refúgio, podemos concluir que o texto bíblico não está prometendo uma vida sem problemas. Afinal, para que servem os refúgios? Eles costumam ser usados em tempos difíceis. Em outras palavras, nesta vida teremos tribulações.
Assim, não é justo querer que Deus cumpra uma promessa que Ele nunca fez. Nem sempre o Senhor nos livra da dor. Há quem pense que Ele vai nos afastar de todas as tribulações, mas não é isso que a Bíblia diz. No Salmo 41, Davi afirma que aquele que acode ao necessitado é bem visto por Deus. Então o que é ser bem visto aos olhos Dele? O salmista diz que o Senhor livra essa pessoa no dia do mal e a protege. Ele Se faz presente no leito da enfermidade. Na doença, afofa-lhe a cama. Assim, Deus não promete uma vida sem dores, mas promete estar sempre ao nosso lado.
Ao permitir o sofrimento, Deus nos ajuda a entender que este mundo não é nosso lar final. Tudo vai passar muito rápido, e a morte, mais cedo ou mais tarde, chegará. Nesse contexto, a oração é nosso abrigo. “Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza, auxílio sempre presente na adversidade.” Se Ele é refúgio e fortaleza, isso significa que temos onde nos esconder nos momentos de tribulação. Temos, porém, que nos lembrar de que refúgios e fortalezas não se constroem em tempos de guerra. Eles são construídos em tempos de paz, para que nos momentos de dificuldades tenhamos onde nos esconder.
Se você não busca a Deus em tempos de paz, onde encontrará refúgio quando as angústias vierem? Hoje é o dia do preparo. Deus nos convida a construirmos Nele a nossa fortaleza. Como isso ocorre? Por meio da leitura da Bíblia, da oração e das experiências diárias de fidelidade. Somente assim teremos comunhão, segurança, paz e força para manter nosso enfoque não nas dores da vida, mas nas promessas da eternidade.