Domingo
19 de novembro
Geraldine
Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação! É Ele que nos consola em toda a nossa tribulação, para que, pela consolação que nós mesmos recebemos de Deus, possamos consolar os que estiverem em qualquer espécie de tribulação. 2 Coríntios 1:3, 4

Quando eu era jovem, queria muito ter uma mentora. Em minha imaginação, ela teria por volta de 50 anos, seria de outra etnia, de grande porte, sábia, experiente e compassiva. Imaginava o nome dela parecido com algo como “Geraldine”. Quando eu lhe contasse as histórias dos meus dramas interpessoais, minhas emoções extremamente flutuantes, meus medos e meus pensamentos desesperados, ela olharia para mim com sabedoria e gentileza e me daria conselhos. Ela se sentiria abençoada sabendo que me ajudou, e eu me sentiria abençoada por ser ajudada. Nós nos abraçaríamos. Seria fantástico! Mas essa mentora nunca apareceu em minha vida , por isso passei minha juventude com um buraco no peito do tamanho da Geraldine.

Assim que minhas duas filhas voaram do ninho, decidi voltar a estudar e fazer mestrado em Aconselhamento. Apesar de ter minha própria necessidade de apoio, sempre fui do tipo que ouvia as histórias intermináveis de um número aparentemente infinito de pessoas que queriam ser ouvidas. Talvez eu possa seguir carreira nessa área, pensei, acho que levo jeito para isso. Três anos depois, abri meu consultório particular, e até hoje ele está indo bem.

Aconteceu uma coisa engraçada quando comecei a aconselhar pessoas. A mulher carente dentro de mim, a criança desamparada, que nunca havia sido mentoreada – aquela criança perdida dentro de mim – encontrou consolo. Não tenho certeza de todos os “comos” e “porquês”, só sei que dar o que eu sempre desejei ajudou a satisfazer meu próprio anseio. Eu não sou a mulher de estrutura larga de outra etnia, sou apenas eu – e bem modestamente dotada. Mas, fora isso, estou sendo a Geraldine no dia a dia.

Seria maravilhoso se houvesse mentoras suficientes para todas as meninas. Mas a triste realidade é que há uma carência nessa área. É por isso que acrescentei à minha prática o treino em aconselhamento e mentoreamento – eu quero ajudar as pessoas a serem capazes de ajudar as pessoas! Quero ajudar a multiplicar as conselheiras, as mentoras e as discípulas em nosso meio. Mas creio piamente que, caso a ajuda não seja encontrada, Deus pode preencher essa carência. E, às vezes, Ele faz isso ao nos direcionar para darmos aquilo que almejamos.

{ Jennifer Jill Schwirzer }