Sexta-feira
31 de janeiro
Graças Te dou, Pai!
Tu criaste o íntimo do meu ser e me teceste no ventre de minha mãe. Salmo 139:13

Desde que eu e meu marido nos casamos, nosso plano era termos dois filhos. Dois anos após o nosso casamento, tivemos a nossa esperada e amada filha. Depois de algum tempo, ficamos muito felizes com a notícia da segunda gravidez. Mas, ainda no meu primeiro mês, tive um sangramento.

Quando cheguei ao Hospital Adventista de São Paulo, o diagnóstico constatou uma placenta prévia, ou descolamento de placenta. Depois disso, precisei retornar ao hospital mais duas vezes. Na terceira visita ao médico, foi-nos dito que eu precisaria ficar internada por alguns dias, em observação, para ver se a gravidez avançaria. Muitos amigos estavam orando por mim e pelo bebê. Entregamos aquela situação nas mãos de Deus. No ano anterior, havíamos passado por uma decepção, pois eu havia perdido o bebê no quarto mês de gestação. Fiquei apreensiva de que a história se repetisse.

No nono dia, meu médico entrou no quarto e comunicou a decisão de fazerem a limpeza do meu útero. Isso significava que eu não teria o meu bebê. Fiquei muito triste. Por alguma razão, o médico parou, pensou e disse: “Vamos para o primeiro andar?” Eu sabia que lá era a sala de ultrassom.

Ao realizar o exame, ele percebeu que, mesmo com o sangramento, estava tudo bem comigo e com o bebê. Então o médico deu uma sugestão. Disse que havia risco, mas que podíamos tentar levar avante aquela gestação. Para isso, eu teria que ficar os nove meses em repouso absoluto. Concordei imediatamente. Lembro-me, como se fosse hoje, das palavras do médico: “Quem sabe depois de alguns anos essa criança estará correndo pelas ruas!”

Isso aconteceu em maio de 1979, e eu teria que ficar em repouso absoluto até janeiro de 1980, a data prevista para o nascimento do bebê. Foram meses difíceis. Minha filha, Gracy, com seis anos de idade, era o meu braço direito, a companheirinha dos meus dias, pois meu marido precisava sair para trabalhar. Às vezes parecia que a gestação não chegaria até o fim; mas, com muito apoio, paciência, esperança, confiança e muita, muita oração, os meses foram passando.

No dia 31 de janeiro de 1980 nasceu nosso filho amado, Fabio. Ele se desenvolveu perfeitamente, correu muito pelas ruas e hoje já está casado. Fabio trabalha na TV Novo Tempo e tem nos dado muita alegria. Ao olhar para trás e relembrar as bênçãos de Deus, só tenho motivos para agradecer. Sou grata porque o Senhor cuida de nós. Ele nos conhece e nos ama antes mesmo de nascermos.

Nadir de Oliveira Fernandes