Você já ouviu falar em hedonismo e idolatria? Hedonismo, do grego hedonê, “prazer”, refere-se a uma teoria filosófico-moral, na qual o prazer é o supremo bem da vida humana. O hedonismo filosófico moderno hoje engloba o conceito de felicidade para o maior número de pessoas.
Paulo, em 1 Coríntios 15:32, racionaliza o hedonismo, citando uma crença da época que ignorava a ressurreição: “Comamos, bebamos, porque amanhã morreremos”. Esse verso exprime o estilo de vida em que o prazer absoluto era um objetivo a ser alcançado.
Deus criou o homem e deu a ele o prazer, colocando em seu cérebro um sistema de recompensa. Quando experimentamos algo com nossos órgãos do sentido e gostamos, esse sistema libera uma importante substância chamada dopamina. Quando ela é liberada, sentimos prazer, relaxamento e bem-estar, e desejamos repetir a experiência.
Por meio de cores, formas, sons, sabores, cheiros e sensações, Deus desejava que o homem tivesse prazer e fosse feliz. Porém, a razão deve controlar nosso sistema de recompensa, ao escolhermos uma vida temperante em todas as coisas.
No entanto, o homem colocou o prazer no lugar de Deus. Fazer isso é idolatria (uma palavra grega também eidolon, “ídolo”, e latreuein, “adorar”). Assim, podemos dizer que “hedolatria” é a adoração do prazer, ou o prazer acima de Deus.
Certas substâncias estimulam uma concentração maior de dopamina e produzem uma sensação desordenada e exagerada de prazer, até causar danos ao cérebro. É o caso da cocaína, heroína, nicotina e álcool. Assim surge o vício e a dependência. Para manter o nível de prazer, o cérebro precisa liberar quantidades maiores de dopamina e as pessoas alimentam o vício para conseguir o tal prazer. Há outros hábitos que, em excesso, também estimulam uma superprodução de dopamina, dando uma grande sensação de prazer e causando dependência. É o caso do açúcar, da gordura e do sal. Por isso, é desafiante deixar alimentos cheios dessas substâncias.
Quando Deus deu ao ser humano no Éden Suas leis e depois repetiu-as no Sinai, queria nos mostrar como ter uma vida equilibrada e feliz por meio de prazeres lícitos, prevenindo-nos a respeito da escravidão que os vícios causam.
Se somos cristãos verdadeiros, aquilo que nos permitimos tocar, ver, ouvir, cheirar, comer, será condizente com a fé que professamos. Lembre-se de que nossas escolhas também indicam a quem estamos realmente adorando.