A parábola do bom samaritano é um lembrete da importância de agir com amor, bondade e compaixão em relação ao próximo, independentemente das diferenças culturais e sociais. Nessa história, um judeu foi assaltado e ficou gravemente ferido. Um sacerdote e um levita ignoraram o estado dele e seguiram em frente.
Contrariando a lógica do preconceito, um samaritano se aproximou, cuidou das feridas daquele homem e pagou o restante do tratamento do judeu ferido. Com essa parábola, Jesus pareceu ter ido longe demais para os mestres judeus, que se vangloriavam de seu DNA, de seu pedigree. Eram filhos de Abraão, o pai da fé! Os samaritanos, por sua vez, eram mestiços, e sua religião, uma versão sincrética do judaísmo. Os judeus os viam como uma aberração, uma vergonha para os patriarcas.
O desfecho da interação de Jesus com o mestre judeu é curioso. A princípio, o intérprete da Lei havia perguntado: “Quem é o meu próximo?” (Lc 10:29). E Jesus lhe respondeu ao final da parábola colocando outra questão: “Qual destes três você acha que foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?” (Lc 10:36). Responder a Jesus foi tão difícil que o mestre judeu não conseguiu admitir que um samaritano havia sido o próximo do judeu assaltado, preferindo, em vez disso, dizer: “Aquele que teve misericórdia dele” (Lc 10:37).
A lição da parábola é dura: Não importa quem é seu próximo. O importante é quem você é!
Da perspectiva do plano da redenção, Jesus é o samaritano que estendeu a mão para a humanidade caída à beira da estrada. Ele cuidou de nossas feridas, pagou o preço pela nossa recuperação e garantiu que retornará.
Aplicando essa parábola à vida cristã, Ellen G. White disse: “Cristo uniu Seus interesses aos da humanidade e pede que nos identifiquemos com Ele pela salvação da raça humana. […] O pecado é o maior de todos os males, e precisamos ter misericórdia do pecador e ajudá-lo. […] Se somos cristãos, não passaremos de longe, mantendo-nos o mais distante possível daqueles que têm mais necessidade de nosso auxílio” (O Desejado de Todas as Nações, p. 402, 403 [504]). Pense nisso!