Quando meu marido, Walter, entrou na sala do lava-pés naquele sábado de manhã, ele viu um homem sentado sozinho. Parecia que ninguém iria se oferecer para lavar seus pés. Walter percebeu que o homem parecia ter saído das ruas e que talvez estivesse a um passo de se tornar um mendigo. Walter também não estava animado a lavar os pés do homem, mas o Espírito Santo o estava incomodando. A Santa Ceia é sobre isso. Se você não é capaz de servir a esse homem, então não deveria estar aqui, falou aquela voz suave. Assim, Walter caminhou até o homem e se apresentou.
Conheci o homem na quarta-feira à noite no estudo bíblico, quando nos tornamos seus amigos. Várias vezes, Walter e eu conversamos sobre convidá-lo para jantar na nossa casa, mas não sabíamos como fazer isso; afinal de contas, ele realmente não se “encaixaria” em nosso grupo de convidados. Como nossa igreja é muito grande, presumimos que, aos sábados, o homem provavelmente se sentasse do outro lado da igreja. O que os olhos não veem o coração não sente.
Muitos meses se passaram, e, então, do nada, o homem entrou na igreja e se sentou bem na nossa frente. Enquanto eu ouvia o sermão, o Espírito Santo falou diretamente comigo e deve ter falado com Walter também.
– Estou pensando em convidá-lo. O que você acha? – sussurrou meu marido.
– Convide-o – sussurei de volta – , mas somente se ele estiver disposto a tomar um banho quando chegarmos em casa.
O homem aceitou nossa proposta. Enquanto suas roupas eram lavadas, ele tomou banho, vestiu algumas roupas do Walter e passou perfume. Todos nós o abraçamos muito, e ele sorriu de orelha a orelha! Enquanto comíamos, ele falou sobre sua antiga igreja, a muitos quilômetros de distância, onde ele geralmente comia sopa. Foi assim que ele se uniu à nossa denominação, em 1987.
– Quando me levantei esta manhã – disse ele –, eu não tinha ideia de que seria convidado para jantar na sua casa. Não posso acreditar nisso. Obrigado!
Meus olhos se encheram de lágrimas ao pensar na lição que tínhamos que aprender e na bênção que quase perdemos.
Senhor, ajuda-nos a nos humilharmos para que, a cada dia, possamos ser usados por Ti.
Shirley Sain Fordham