Cresci num lar cristão, adventista do sétimo dia. Desde cedo aprendi a orar na hora das refeições, antes de dormir, nos cultos familiares, nas reuniões da igreja e em todos os momentos de necessidade. Lembro-me de ver sempre minha mãe orando antes de fazer uma costura ou um pão, ou alguma compra…
Uma vez, quando já adolescente, cheguei da escola, chamei pela minha mãe e ela não me respondeu. Procurei-a pela casa toda e, finalmente, fui encontrá-la ajoelhada, orando, ao lado da minha cama. Que cena inesquecível! Esperei que ela terminasse e, quando se levantou, limpou as lágrimas no avental e veio me abraçar e beijar como sempre fazia. Naquele dia, passei a admirá-la ainda mais. Sim, ela precisava de muita força e sabedoria do Céu, pois, como viúva, tinha três filhos adolescentes para criar e educar.
Hoje, já com mais de 80 anos, ela ainda acorda todos os dias, às 5h30 da manhã, senta-se na beira da cama, pois os seus joelhos não aguentam mais tanto tempo no chão, e ora durante 30 a 40 minutos por cada um dos seus filhos, genros, nora, netos, bisnetos, vizinhos, amigos, intercedendo por eles individualmente. À noite, meia hora antes de se deitar, lá está ela sentada na cama orando, mais uma vez, por todos.
Por que eu lhe contei isso sobre minha mãe? É porque hoje me senti impressionada a orar por algumas mulheres que conheço e por outras que não conheço. Umas estão grávidas, ansiosas para terem logo os seus bebês; outras já estão amamentando, cansadas por dormirem pouco, mas tendo que se animar para enfrentar o dia com os cuidados da casa, da família e do emprego. Orei também por mulheres que estão sofrendo com abusos, outras que perderam recentemente algum familiar; mulheres que estão enfrentando doenças terminais ou tendo que sobreviver a catástrofes naturais; mulheres missionárias em alguma parte do mundo ou estudando e trabalhando ao mesmo tempo para sustentar a família; mulheres em lares de idosos, em orfanatos, esquecidas pela sociedade; mulheres jovens e sonhadoras; mulheres mais maduras e experientes; solteiras, casadas, divorciadas, viúvas, estudadas, analfabetas, talentosas, dedicadas; mulheres que conhecem Jesus, outras ainda distantes Dele, rejeitadas e sofridas… Não importa… Deus conhece cada uma delas, ouve os seus clamores, chora com elas, ama-as incondicionalmente e deseja salvá-las.
Se você se encaixa no perfil de alguma dessas mulheres que acabei de mencionar, saiba então que eu orei por você hoje! E se a qualquer momento você se sentir impressionada a orar por alguém, mesmo que não conheça, faça-o imediatamente! Pode ser que essa pessoa esteja precisando de ajuda neste exato momento.
Débora Barrinuevo Martins Ferreira