As manchetes dos noticiários eram tão quentes quanto a temperatura escaldante daquele verão, e elas polarizaram o país. Onde quer eu fosse, pessoas falavam sobre o assunto. Toda a mídia parecia se concentrar em um único tema — o veredito de “inocente” concedido a uma mulher cuja filha de dois anos de idade tinha sumido havia um mês quando ela finalmente reportou o acontecido às autoridades. Quase todo mundo, inclusive eu, acreditava que ela era culpada, e o veredito foi como um golpe visceral no meu coração. Como pôde o júri chegar àquela conclusão?
Para mudar o meu foco, comecei a ler outra coisa. Uma cópia recente da revista Adventist World chamou minha atenção. Em seu artigo editorial, Bill Knott sugeriu que, ao invés de ficar lamentando ao ler as manchetes, deveríamos praticar uma tática mais poderosa: orar. Com isso em mente, decidi fazer uma oração sobre cada notícia que chamasse a minha atenção. Aquele verão cheio de notícias relevantes seria o momento perfeito para colocar meu novo plano em ação, e eu sabia que a minha vida espiritual iria melhorar. Com uma súplica fervente pela ajuda divina, curvei minha cabeça, sentindo-me confortada com a promessa do texto de hoje.
Como centenas espalhados pelo país, fiz uma oração por aquela jovem agora relegada. Então Deus me alcançou em meio à minha tristeza, e percebi que a oração havia sido mais para mim do que para ela: “Sou culpada, mas por favor salve-me, Senhor Deus. Não sou digna de Seu amor e de Sua misericórdia abundantes. Por favor, envolva-me em Seus braços de amor e me liberte.”
Aquela jovem — provavelmente a mulher mais odiada da região central da Flórida naquela semana — foi liberada da prisão numa noite de julho um pouco depois da meia-noite. Uma multidão que protestava nas proximidades, e era restringida pelos muros e por policiais que bloqueavam o local, gritava deixando evidente para ela que, apesar do veredito, ela não era bem-vinda na cidade de Orlando. Ela não estava livre.
A semelhança entre o veredito daquela jovem e o meu é palpável. Não há dúvida alguma de que sou culpada, mas meu Advogado/Intercessor é incrível. Serei absolvida. Obrigada, Deus, por ter me libertado. Inocente!
Glenda-mae Greene