O texto de hoje reflete a realidade dos tempos atuais. Muitos dedicam grande parte da vida ao trabalho e aos estudos; porém, quando olham para o resultado de seus esforços, não se sentem satisfeitos. Os dias são consumidos, mas nunca têm o bastante. Na tentativa de dar vida aos sonhos, acabam se deparando com pesadelos. A semeadura tem sido abundante, mas a colheita sempre parece escassa.
Os que seguem por esse caminho estão continuamente à procura do próximo alento, da próxima satisfação. Comem, bebem e se vestem com luxo; contudo, isso nunca parece ser o suficiente. A satisfação e o conforto são perseguidos, e o consumo se torna uma espiral viciante. Quanto mais se tem, mais se quer.
A vida contemporânea ecoa as palavras do filósofo Arthur Schopenhauer, que definiu a existência humana como um pêndulo oscilando entre a ânsia de ter e o tédio de possuir.
Há um sentimento de insaciedade geral. Mesmo em meio a uma crise financeira, muitos cedem às tentações das promoções e enchem o armário com novas peças de roupa e o cartão de crédito com novas dívidas. Tudo para alimentar o vazio insaciável do coração.
Essa inquietude revela a carência espiritual humana. Aqueles que a experimentam sentem que algo está faltando, mas não sabem dizer o que é. Davi entendeu o que lhe faltava quando escreveu: “Como o cervo anseia por águas correntes, a minha alma anseia por Ti, ó Deus. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo” (Sl 42:1, 2).
A ganância, o consumismo desenfreado e a busca irracional pelos prazeres mundanos são tentativas destrutivas de preencher o vazio existencial do coração pecador. Quando se está com Cristo, a vida ganha sentido e propósito, e o mundo passa a ser visto de maneira diferente.