Segunda-feira
21 de agosto
Inseparável
Em todo o Universo não há nada que possa nos separar do amor de Deus, que é nosso por meio de Cristo Jesus, o nosso Senhor. Romanos 8:39, NTLH

Meu esposo desliza sobre nossa cama nesta manhã e acaricia o mal-estar do meu rosto, enquanto suaviza minha alma sonolenta. “Por quê?”, pergunto-lhe audivelmente. Por que eu?, fico pensando. Eu aqui, com um infeliz resfriado, mau hálito e nariz entupido? Eu aqui, que deixei de tomar banho de chuveiro ontem à noite por me sentir completamente exausta? Eu aqui, merecedora de um amor sem reservas agora mesmo? Dificilmente! O aguilhão da rejeição cresce dentro de mim. Meu esposo sente que esta enfermidade entra no meu espírito e suavemente responde ao ceticismo da minha alma: “Eu sei que você se sente indisposta, por isso quis aconchegá-la.” Tento compreender o amor desse homem, um amor que se expressa sem se importar com minha condição. Ele quer ficar perto de mim, embora eu esteja doente.

Durante algumas manhãs, eu me vejo questionando meu Redentor enquanto Ele desliza para dentro do meu coração e murmura: “Você gostaria que eu restaurasse a saúde de sua alma, Meu amor?” Queres passar tempo comigo, meu Deus? Com esta aqui, que reclama de meias trocadas e de um futuro aparentemente incerto? Esta aqui, com a recorrente atitude de “eu sou uma garota crescida que pode fazer tudo sozinha”? Muitas manhãs, tenho deixado que minha própria debilidade me condene. Nos dias de resfriado, lembro-me de que sou incapaz de conquistar a aceitação em qualquer outro dia. Não sou eu que produzo a aceitação do meu esposo, nem do meu supervisor e certamente nem mesmo do meu Salvador. Tenho deixado a desejar em todos esses relacionamentos. Cumprir todos os itens de uma lista de “coisas a fazer” para agradar os outros não rende a verdadeira aceitação. Na realidade, planos e desejos sinceros e bem-intencionados são muitas vezes atropelados por limitações – as dos outros ou as minhas.

Devido ao pecado, somos todos espiritualmente enfermos. Nossa doença é a nossa pecaminosidade, e nem assim Cristo nos rejeita. Nossos pecados nos separaram de Deus, mas o desejo de Cristo de estar conosco para sempre O compeliu a levar até a cruz esses mesmos sentimentos de rejeição e separação do Pai em nosso favor. Embora o perpetrador das doenças tente nos infectar de todas as maneiras, a cruz nos garante que nada pode nos separar do amor de Deus em Cristo Jesus.

Hoje, tento compreender o decidido amor do meu Cristo, um amor que continua a me buscar e me resgatar de minha condição pecaminosa. Ele deseja estar comigo. Inseparavelmente.

Charity Stone