A intimidade pressupõe relacionamento. E o casamento é o tipo de relação humana em que é possível desenvolver o nível mais profundo de intimidade. Depois, vem a intimidade entre pais e filhos, seguida da intimidade entre amigos. Um elemento comum a todos esses níveis de intimidade é a possibilidade de acesso franco ao outro.

A partir do verso de hoje, podemos entender um pouco sobre o tipo de relacionamento que o rei persa mantinha com sua esposa. Ester estava há um mês sem ver o marido. Ela vivia no palácio, mas não podia ir até ele sem ser convidada. Essa situação parece inconcebível para os padrões atuais. Nesse casamento não havia intimidade. Contudo, saiba que muitos, atualmente, mesmo sem os rígidos protocolos da corte persa, vivem relacionamentos parecidos.

Casais ficam dias sem se falar por conta de algum desentendimento. Filhos se afastam dos pais por terem recebido uma repreensão merecida. Na igreja, irmãos na fé se ignoram por pequenas discordâncias passadas. Infelizmente, pessoas que deveriam ter um nível mais profundo de intimidade continuam vivendo como se não se conhecessem.

Como igreja, somos a noiva de Cristo, o Rei do Universo, e deveríamos cultivar um relacionamento íntimo com Ele. Contudo, de modo diferente da experiência de Ester com seu marido, somos nós que nos afastamos da presença Dele.

A falta de intimidade com Deus é o principal problema da vida espiritual. Não basta ir à igreja e ostentar um estilo de vida cristão, é necessário cultivar um relacionamento pessoal com Ele. Entretanto, muitos cristãos passam dias, semanas, meses e até anos sem buscar a Deus por meio da oração e do estudo da Palavra.

Cristo veio a este planeta e Se sacrificou para que tivéssemos livre acesso a Deus. Não faz sentido desperdiçar a oportunidade de estar na presença do Rei do Universo. Se cultivarmos um relacionamento pessoal com Ele, também teremos um bom relacionamento com o próximo, pois estaremos cheios do amor de Deus.