Na ocasião relatada no texto de hoje, Daniel não era mais um jovem. A experiência que havia acumulado como chefe de Estado em Babilônia se tornou muito útil para o império dos medos e persas. Por isso, ele foi designado um dos três supervisores responsáveis por presidir os 120 governadores do reinado de Dario. Seu bom desempenho no exercício de sua função atraiu a inveja de seus pares políticos, que decidiram conspirar contra sua vida.

Seus inimigos influenciaram Dario a assinar um decreto proibindo que qualquer pessoa no império orasse a qualquer deus que não fosse o próprio rei. Assim que Daniel soube do decreto, destemidamente foi para seu quarto e se voltou para Jerusalém a fim de orar.

Jerusalém não era um símbolo de vitória naquela ocasião. A cidade estava em ruínas, e o templo, reduzido a pó. A capital de Judá tinha sido destruída pelas tropas babilônicas. Do ponto de vista humano, essa situação não apontava para um futuro triunfante. Contudo, Daniel já havia vivido tempo suficiente para entender que o futuro está nas mãos de Deus. Ao se voltar para Jerusalém, queria se lembrar de seu passado, de sua origem, de sua identidade. A cidade estava em ruínas, mas sua fé em Deus era inabalável.

Por esse motivo, ele foi acusado de traição e sentenciado à morte na cova dos leões. Mas as feras famintas não puderam tocar na carne do profeta, pois Deus livrou Seu servo.

Daniel foi um grande profeta e um homem de oração. Para ele, a comunhão era tão importante quanto a alimentação. Ele orava três vezes ao dia. Ao longo de seu livro, existem vários momentos nos quais a oração foi um meio de obter livramento e força para suportar as adversidades. Sua relação com Deus era tão forte que ele não temia nenhuma conspiração humana. Ele sabia que o Deus que tem em Suas mãos as rédeas da história estava no controle de sua vida.

Assim como Daniel, separe um tempo diário para estar na sala do trono do Rei do Universo por meio da oração.