Retratada sempre no sentido negativo, a inveja anda de mãos dadas com a cobiça, o ciúme e a ambição. A Bíblia está repleta de histórias de invejosos, nos alertando sobre as consequências terríveis desse pecado. Caim matou Abel por inveja (Gn 4:1-8); os irmãos de José quiseram matá-lo, indicando até onde a inveja pode chegar (Gn 37); e Saul pensou em diferentes maneiras de matar Davi, tamanha a inveja que sentia do ungido do Senhor (1Sm 18).

Essas e outras histórias que tratam da inveja mostram que o invejoso é uma pessoa infeliz, ingrata e que, ao alimentar esse sentimento negativo, passa a querer o que o outro possui, passa raiva, sofre angústia e sonha com que o outro perca o que tem. Como resultado, o invejoso torna-se arrogante, difamador e hostil, entre vários outros pecados associados à inveja.

Em contrapartida, a Palavra de Deus nos motiva a buscar o Espírito Santo e a revelar as marcas de Sua presença em nós: “Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei” (Gl 5:22, 23). Não podemos nos livrar dos sentimentos carnais com nossas forças. Somente lançando a confiança em Deus e buscando as coisas do alto é que seremos transformados.

Além disso, Tiago nos orienta: “Contudo, se vocês abrigam no coração inveja amarga e ambição egoísta, não se gloriem disso, nem neguem a verdade” (Tg 3:14). Assim, o melhor a fazer é ser transparente com Deus e admitir nossa pequenez e fraqueza na vida. Que cada dia nossas orações subam a Deus para que a presença do Espírito nos liberte do mal e subjugue a inveja presente em nós! Que nossos olhos deixem de olhar para os lados e contemplem os céus! Que a gratidão pelas bênçãos de Deus nos livre da ansiedade de ter o que outros têm ou ser o que outros são!