Quando meu pai era um garotinho, seu pai (meu avô) era violento. Embora papai tivesse medo do seu pai, ele ainda o amava muito! Quando papai tinha 8 anos de idade, meu avô abandonou a família.
Não faz muito tempo, meu pai contava histórias para nós e, com lágrimas nos olhos, ele disse: “Implorei ao meu pai para que ficasse. Quando ele partiu, eu orava todos os dias para que ele voltasse. A despeito de minhas orações fervorosas, ele não retornou.”
Eu tinha 7 anos de idade quando vi meu avô pela primeira vez. Embora tendo passado com ele alguns momentos apenas, todos nos encantamos com nosso vovozinho. Pouco depois de eu conhecê-lo, vovô teve um repentino ataque do coração.
No dia do seu funeral, lembro-me claramente de meus primos, minha irmã e eu chorando muito. Papai chorou também. Com os olhos da mente, ainda o vejo abraçando o caixão e dizendo: “Por favor, pai… por favor, não se vá!”
Acho que ser abandonado quando menino e depois ter o pai de volta por um período tão curto de tempo foi algo muito difícil para meu pai. Na verdade, o coração de papai ficou frio. Ele ia à igreja de tempos em tempos, mas teve muita dificuldade para assumir um compromisso.
Papai tinha orado persistentemente por seu próprio pai; agora, orávamos por ele. Então, depois de muitos anos, em um sábado após o almoço “junta-panelas”, recebemos a maravilhosa notícia de que ele havia tomado a decisão de se entregar ao Pai celestial. Entregar-se Àquele que nunca o abandonara e que sempre o amara com amor eterno! No dia 20 de agosto de 2011, meu esposo teve o privilégio de batizar meu pai. Testemunhamos um milagre, um filho reunido com seu Pai celestial. “Pois este Meu filho estava morto e voltou à vida; estava perdido e foi achado” (Lc 15:24). Que comemoração celestial!
Não paremos de orar; oremos com perseverança (ver 1Ts 5:17) por nossos entes queridos. Lembremo-nos de que nosso Pai celestial deseja passar tempo conosco e nos abraçar quando corremos para os Seus braços de amor, confiando plenamente que Ele nunca nos deixará nem abandonará.
Sayuri Ruiz Rodriguez